terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Sócio - Terrorismo

Origens históricas do Terrorismo
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

Vários dos ataques terroristas ocorrentes no mundo são assumidos por grupos terroristas islâmicos fundamentalistas, que utilizam a desculpa da religião para atacar militarmente seus inimigos políticos.
As origens histórias da chamada “Jihad Islâmica – Guerra Santa” tem como base a formação das 3 maiores religiões monoteístas do mundo: O Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo, todas herdeiras de Abraão e, segundo princípios religiosos islâmicos eles formam o verdadeiro POVO DE DEUS na Terra e têm direitos sobre Canaã.
Esses conflitos religiosos se intensificaram com a disputa política pelo território do Oriente Médio (maior região petrolífera do mundo).
Em 1979, os afegãos expulsaram os soviéticos de seu território, mas devido a pressões de Israel, os USA não enviaram a promessa financeira ao Afeganistão.
Graças a essa não-ação dos USA, os Talibãs implantaram no Afeganistão um sistema de governo fundamentalista, surgindo com isso um sentimento de revanchismo contra os estadunidenses. Tal sentimento desenvolveu-se com o apoio financeiro do milionário saudita Osama bin Laden.
A traição estadunidense também gerou revanchismo em outros países islâmicos, principalmente no Irã.
O Irã faz parte do círculo de maior produção petrolífera do mundo, o Golfo Pérsico. Irã, Iraque, Arábia Saudita e Kuwait, são responsáveis por 90% da produção de petróleo no mundo. Sozinhos, os USA consomem 70% do petróleo mundial, o que os tornam dependentes da produção do Golfo.
Em 1979, o Irã passa pela Revolução dos Aiatolás, quando o fundamentalista Aiatolá Khomeini assume o governo, e desregra a cotação mundial de petróleo, e bloqueando o envio do combustível aos USA.
Para contornar a situação, em 1980 os USA resolvem financiar o maior rival do Irã na região. O Iraque, do jovem governante Saddan Hussein aceita uma proposta dos USA, muito parecida com a feita aos Talibãs em 73. Mas para tanto, Saddan exigiu do governo estadunidense o envio de armas químicas, biológicas e nucleares ao Iraque. Os USA aceitaram o acordo.
A Guerra Irã-Iraque durou de 1980 à 88, e ao final dela, mais uma vez, os USA não cumpriram o acordo de envio financeiro para a reconstrução do Iraque no pós-guerra.
Como represália, em 1990 o Iraque invade o Kuwait, e bloqueia a exportação de petróleo para os USA.
Em 18 de janeiro de 1991, os USA comandam 28 nações na desocupação do Kuwait, com o aval da ONU. O episódio ficou conhecido como A Guerra do Golfo. No entanto, o então presidente dos USA, George Bush, foi impedido, pela própria ONU, de invadir o Iraque, o que poderia acarretar em uma guerra de destruição em massa, mediante o perigo das armas de ambos países.


Bases para a 2ª Guerra do Golfo.
Em 2000, após tumultuadas eleições, George W. Bush é eleito Presidente dos USA, sem a maioria total de votos.
Um de seus primeiros atos foi a ordem para a construção de um Escudo Militar nos USA. Essa medida feria o Tratado de Não Proliferação de Armas da ONU. Mediante a insistência do governo estadunidense na idéia de sua vulnerabilidade diante de ações terroristas, a ONU, em julho de 2001, proibiu os USA de continuarem a construção do Escudo.
Em 11 de setembro de 2001, a “vulnerabilidade” dos USA é mostrada em tempo real ao mundo, com os atentados terroristas a Nova Iorque e Washington. Logo após, os USA são surpreendidos com a proliferação de mortes por contato com Antraz em seu território.
Com a prova de que estava certo, George W. Bush investe na retaliação ao Afeganistão e consegue importante vitória na ONU – a permissão para a retomada da produção bélica.
Com duas bases importantes no Oriente Médio: Kuwait e Afeganistão, em 2002 o governo de Bush lista os países que ameaçam a paz mundial, devido seu suposto apoio a movimentos terroristas: Irã, Iraque e Coréia do Norte. Coincidentemente dois dos maiores produtores de petróleo do mundo e o único país que não aceita, declaradamente, as investimentas estadunidenses no mundo, respectivamente.
No entanto, suspeitas que recaem sobre a veracidade dos atentados ao país em 2001, e o fato da família Bush estar diretamente envolvida com poços de petróleo no Texas, levam diversos especialistas a acreditarem que o conflito serve de pretexto para que os USA possam controlar as reservas de petróleo do Oriente Médio, o que seria crucial para que o país mantivesse sua supremacia no mundo devido a ameaça de ascensão da UE, que anexará outros 10 países este ano.
Com a chamada “Segunda Guerra do Golfo”,  ocorreu contra o governo de Saddan Hussein no Iraque. Em março de 2003, uma coalizão de países liderada pelos EUA e pelo Reino Unido invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos EUA, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição em massa e deter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após sua captura em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. Em 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas ao assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada em 30 de dezembro de 2006.
Após a conquista do Iraque, o governo estadunidense partiu para uma nova investida no Oriente Médio, a chamada Guerra ao Terror, que tem como base, destituir governos não democráticos em países árabes (muitos deles que apoiavam grupos terroristas) e, consequentemente, a implantação do sistema capitalista no mundo árabe.
Em 1 de maio de 2011, dez anos desde os atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar estadunidense em Abbottabad. Seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados Unidos e sido sepultado no mar após passar por rituais tradicionalmente islâmicos.
Seria esse o fim da Guerra ao Terror, que muitos especialistas garantem se tratar da 3ª GGM?

PRIMAVERA ÁRABE:
Os protestos no mundo árabe em 2010-2012, também conhecidos como a Primavera Árabe, são uma onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até hoje, tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia;
Grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque,  Jordânia,  Síria, Omã e Iémen e protestos menores no Kuwait, Líbano,  Mauritânia,  Marrocos Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental. 
Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook,Twitter e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional em face de tentativas de repressão e censura na Internet por partes dos Estados.
Pesquise por país em http://topicos.estadao.com.br/ (nome do país).
Em 2013 destacaram-se os conflitos na Síria. Uma parte do povo sírio (asilados políticos palestinos, em sua maioria, ou da etnia curda, todos religião sunita – ou ainda uma pequena minoria cristã ortodoxa) quer a saída de Bashar Al-Assad, um ditador que comanda o país desde 2000, ou seja, há mais de 13 anos. Ele recebeu o cargo de seu pai, que ficou no poder por mais de 30 anos e governa o país apenas para uma parte da população que o apoia. Em 2007 foi candidato único à presidência e teve aprovação de 97% da população com direitos políticos (20% do total). Em 2011 uma série de protestos contra seu governo foram organizados pela população, que exige democracia. O governo de Al-Assad os considera “rebeldes”, e passa a atacar militarmente regiões do país onde a população não apoia seu governo. Esses “rebeldes” conseguiram formar milícias de resistência, com apoio bélico dos USA. Em agosto de 2013 Al-Assad usou armas químicas em vários ataques militares. Com a denúncia feita pela ONU e pela Cruz Vermelha, foi convocado, pelos USA, o Conselho de Segurança da ONU, que em setembro votou a favor do ataque ao país, por infringir a Convenção de Genebra. No entanto 2 países nucleares votaram contra: RUS e CHI. Assim começam empasses sobre o ataque ou não. Enquanto tropas da OTAN ocupam o mediterrâneo, China retira-se das negociações de RUS e USA ficam por mais de 2 meses em negociações diplomáticas. Após ultimato ao governo sírio, em novembro o ditador decide entregar seu arsenal químico. Inspetores da ONU vão ao país e destroem quase todo o arsenal. Esta semana (abril/2014) o ditador aceitou novo acordo com a RUS para entregar os últimos 8% de armas que ainda possui.


ISRAEL X PALESTINOS
Ao formar-se o Estado de Israel em 1948, a população árabe local foi expulsa e teve de se refugiar em outros países, como a Jordânia, o Egito, a Síria e o Líbano. A esse grupo de refugiados políticos, despatriados, convencionou-se denominar PALESTINOS. Desde então, buscam o direito de também terem constituído um país próprio, o Estado da Palestina. Mas as constantes invasões israelenses a outros países árabes, para a sua expansão territorial não tem permitido a PAZ.
Principais conflitos entre árabes e israelenses – pós formação de Israel (1948);
- Guerra de Suez (1956): envolveu FRA e ING (que tentaram recuperar parte dos antigos territórios coloniais), o Egito (aliado dos palestinos) e os USA (apoiando interesses de Israel
- Guerra dos Seis dias (1967): os palestinos com o apoio de Egito, Jordânia e Síria tentou resistir ao avanço territorial de Israel que anexou também terras do Egito (Sinai e Faixa de Gaza), da Jordânia (Cisjordânia) e Síria (Colinas de Golan);
- Guerra de Yom Kippur (1973): nova vitória israelense (conseguiram acordo com Egito e Jordânia), devolveu a península de Sinai e evitou a fundação do Estado Palestino.
- Criação da faixa de segurança (1978): O Líbano abrigou palestinos refugiados da Jordânia. Foi criada uma faixa de segurança para prevenir ataques de guerrilheiros à territórios israelenses (1985). Foram milhares de mortos de ambos os lados. Em 2000 Israel retirou suas tropas do sul do Líbano
- A Síria é o único país ocupado que ainda não selou acordos de paz com Israel.


Instituições da ONU
Assembléia Geral: reúne todos os países associados e constitui o órgão mais importante;
Conselho de Segurança: tem a missão de manter a paz e a segurança mundial e que toma decisões sobre conflitos entre países;
Secretaria Geral: administra a instituição e executa os programas e políticas elaboradas pela entidade;
Conselho Econômico e Social: é o responsável pelos programas sociais e econômicos;
Corte Internacional de Justiça: julga as disputas entre os países.

Também fazem parte da ONU a UNESCO, a OMS, a OIT, o BIRD (BM) e o FMI.

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