terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Filo - Tipos de Conhecimento

Tipos de Conhecimento
Por Patrícia Carvalho Pinheiro
O CONHECIMENTO
Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma coisa, como por exemplo: conhecimento das leis; conhecimento de um fato (obter informação); conhecimento de um documento; termo de recibo ou nota em que se declara o aceite de um produto ou serviço; saber, instrução.
O tema "conhecimento" inclui, mas não está limitado a, descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são úteis ou verdadeiros.
TIPOS DE CONHECIMENTO
-  Mito ou Senso Comum;
- Ciência;
- Cultura;
- Religião;
- Arte;
- Filosófico.
SENSO COMUM OU MITO
 É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva, acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.

CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do conhecimento científico quase uma antítese do popular.
O desenvolvimento do método científico deu um contributo significativo para a nossa compreensão do conhecimento. Para ser considerado científico, um método inquisitivo deve ser baseado na coleta de provas observáveis, empíricas e mensuráveis sujeitas aos princípios específicos do raciocínio.
 O método científico consiste na coleta de dados através de observação e experimentação, bem como na formulação e teste de hipóteses.


CONHECIMENTO RELIGOSO:
Conhecimento adquirido a partir da  teológica, é fruto da revelação da divindade. A finalidade do teólogo é provar a existência de Deus e que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A  pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação.


CONHECIMENTO CULTURAL
Cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou comportamento natural.
No dia-a-dia das sociedades civilizadas (especialmente a sociedade ocidental) e no vulgo costuma ser associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição; este sentido normalmente se associa ao que é também descrito como "alta cultura", e é empregado apenas no singular (não existem culturas, apenas uma cultura ideal, à qual os homens indistintamente devem se enquadrar).
Dentro do contexto da filosofia, a cultura é um conjunto de respostas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos humanos. Cultura é informação, isto é, um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos vindouros.
A cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus problemas ao longo da história. Cultura é criação. O homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como também cria elementos que a renovam. A cultura é um fator de humanização. O homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural. A cultura é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e que conferem sentido à vida dos seres humanos.
Além disso a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, de modo que a cultura transforma-se perdendo e incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço das novas gerações.

O CONHECIMENTO ARTÍSTICO
A palavra ARTE vem do Latim: habilidade, técnica.
Como Conceito, tem-se: é a manifestação humana estética e comunicativa realizada através da percepção das emoções e das idéias. Deste modo, podemos afirmar que a ARTE tem como OBJETIVO estimular a consciência do espectador.
O que será exposto pelo artista e o que será enxergado pelo espectador de uma obra de arte pode variar, dependendo de quais sejam seus referenciais artísticos, isto é, de qual sua visão de arte, seus modelos culturais (costumes, hábitos, educação, herança).
Neste sentido, podemos dizer que há basicamente 2 tipos de CULTURA ARTÍSTICA:
a) CULTURA DE MASSA: popular. Consiste em padrões culturais comuns a um determinado grupo, atingindo uma grande proporção social, pois na exigem padrões estéticos refinados;
b) CULTURA ERUDITA: elitizada. Caracterizada por padrões estéticos mais refinados, que exige do espectador uma maior visão de mundo (cultural e educacional);
Além do modelo de padrão cultural que temos (popular ou erudito) o que faz uma OBRA DE ARTE é a representação que ela faz da realidade. Neste aspecto a Obra de Arte pode ser ABSTRATA OU CONCRETA.
ABSTRAÇÃO: Consiste em uma representação figurada da realidade, da forma que o artista vê e a sente, nem sempre igual à forma observada pelo espectador;
CONCRETISTMO: Consiste na representação descritiva da realidade vivenciada, ou seja, da forma que ela é, sem distorções.
O que vai determinar se uma Obra de Arte é concreta ou abstrata é seu referencial: do ponto de vista do Artista ou do ponto de vista do Espectador.
Para o ARTISTA: Cabe a ele ter ATITUDE POÉTICA, ou seja, ser capaz de expressar com fidelidade seu sentimento através de sua Obra;
Para o ESPECTADOR: Ter um modelo popular ou erudito de cultura, que o tornará capaz ou não de compreender a Atitude Poética do artista. Exemplo: um indivíduo erudita pode não compreender como arte uma exposição de grafite nos muros de uma escola, assim como um indivíduo popular pode não ver sentido em um Ópera.

CONHECIMENTO FILOSÓFICO
O Conhecimento Filosófico se constitui de propósitos filosóficos: Verdade (NÃO DO MODO ABSOLUTO), pensamento racional, procedimentos especiais para conhecer fatos, aplicação prática de conhecimentos teóricos, correção, acúmulo de saberes.
A filosofia se baseia em 3 características: A indagação, a reflexão e a sistematização.
A INDAGAÇÃO:
O que é o homem?, O que é a vontade?, O que é a paixão?, O que é a razão?, O que é o vício?, O que é a virtude?, O que é a liberdade?, O que é um valor?, O que é pensar?.
§R: Porque avaliamos os sentimentos e as ações humanas.
§Para respondermos qualquer questão a indagação tem 3 princípios: O QUE É?, COMO É? POR QUE É?
Uma coisa, um valor, uma ideia, um comportamento?
Desde modo:
O QUE É?: - a filosofia pergunta qual é a realidade  e qual é a significação de algo.
COMO É?: - Como é a estrutura  ou o sistema de relações que constitui a realidade de algo.
POR QUE É?: - Por que algo existe, qual é a origem ou causa de algo.

A REFLEXÃO:
§É o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensado.
§É o pensamento interrogando-se a si mesmo ou pensando-se a si mesmo.
§É o afastar-se para enxergar-se – como a reflexão de em um espelho.
§Quando volta-se para si mesmo o pensamento consegue: examinar, compreender e avaliar suas ideias, vontades, desejos e sentimento.

A SISTEMATIZAÇÃO:
§A filosofia não é feita de “achismos”;
§Ela trabalha com enunciados precisos e rigorosos, busca encadeamentos lógicos, opera com conceitos ou ideias obtidos por demonstração ou prova, racionalmente apresentados.
§O conhecimento filosófico é um trabalho intelectual. É sistemático pois exige que perguntas e respostas sejam válidas, verdadeiras.
§3 FATORES BÁSICOS: Visão de Mundo, Sabedoria de Vida, Crítica dos conhecimentos e práticas que aprendeu ao longo da vida.

O conhecimento filosófico, ao contrário da Ciência e do Senso Comum que buscam a verdade, procura a indagação, a reflexão. Refletir é o ato de se afastar do objeto e analisá-lo de fora, sem interferir com suas opiniões e conceitos próprios.
FASES DA FILOSOFIA
- Grega: centrada na política (pólis) – Sofistas, Sócrates e Platão;
- Greco-Romana: centrada na Metafísica (mundo do pensamento) e nas Ciências (Matemática, Biologia, Medicina, etc) – Aristóteles, Tales de Mileto, Pitágoras, Hermes, etc.).
- Medieval: patrística (pensamento religioso dos padres católicos);
- Moderna: Contratualismo, Liberalismo, Iluminismo e Socialismo.
- Pós-moderna: Determinismo, Estruturalismo, Funcionalismo e Libertarismo.


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