quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Geo - A origem das Organizações Atuais

A Origem das Grandes Organizações Atuais

Durante a 2ª GGM (1939-45), o mundo vivia a tensão de estar dividido em 2 blocos de países: os Fascistas, liderados pelos países do Eixo (ALE, ITA e JAP), e os Democráticos, que formavam os Países Aliados (FRA, ING E URSS).
Em 1941 os USA entram na Guerra, levando consigo os países que dependiam dele economicamente (foi o caso do Brasil, que era fascista, mas lutou ao lados dos aliados).
Nesse momento a Guerra ganhou novos contornos. De um lado havia os USA, encarregados de derrotar os japoneses. De outro, havia a URSS, encarregada de eliminar a ameaça nazista. E os outros aliados, preocupados com a força Italiana.
Em 1942, a URSS conquistou a primeira de uma série de vitórias sobre os alemães, destruindo definitivamente as tropas de Hitler em abril de 1945.
As vitórias Aliadas na Europa (principalmente na França, após o célebre Dia D), e as vitórias norte-americanas sobre o Japão, no Pacífico, faziam crer que a Guerra estava com seus dias contados.
Com essa certeza, em Dezembro de 1943 realizou-se a Conferência de Teerã, entre o 1º Ministro inglês (Winston Churchill), o Presidente dos USA (Franklin Roosevelt) e o Secretário do PC Soviético, Josef Stalin). Nesta Conferência foi decidido como ficaria dividida a Alemanha no pós-guerra, e a formação do G3.
Em julho de 1944, os países K firmaram o Tratado de Bretton Woods, que deu origem ao BM e ao FMI.
Em junho de 1945, com a guerra encerrada na Europa, no mês de agosto os USA, sentindo-se humilhados por ainda não ter derrotado definitivamente as tropas japonesas, resolve tomar uma medida drástica. No dia 6 lançam mão de uma poderosa arma, a Bomba Atômica, sobre a cidade de Hiroshima. Três dias depois uma nova Bomba é lançada sobre a cidade de Nagasaki.
Em junho de 1945, com a 2ªGGM encerrada na Europa, houve a formação da Declaração das Nações Unidas, dando origem à ONU.
Quando a ONU surgiu tinha por objetivo: “Manter a paz e a segurança internacionais e, para este fim, tomar medidas coletivas eficazes para prevenir e afastar as ameaças à paz e reprimir qualquer ato de agressão”.
Hoje agrega 191 países e 3 territórios independentes (Kosovo, Taiwan e Vaticano) e é formada por cinco órgãos principais:

Assembléia Geral: reúne todos os países associados e constitui o órgão mais importante;
Conselho de Segurança: tem a missão de manter a paz e a segurança mundial que delibera sobre a ocorrência de ataques de guerra e/ou represálias. Possui 10 cadeiras cativas e outras 40 rotativas.
Secretaria Geral: administra a instituição e executa os programas e políticas elaboradas pela entidade;
Conselho Econômico e Social: é o responsável pelos programas sociais e econômicos;
Corte Internacional de Justiça: julga as disputas entre os países e os crimes de guerra, como representação do Tribunal de Nuremberg.

Também fazem parte da ONU:
1)        UNESCO: Organização das Nações Unidas para Educação e Cultura – trata de assuntos relacionados ao apoio à Educação Infantil e da erradicação da miséria no mundo.
2)        OMS: Organização Mundial da Saúde – trata de assuntos relacionados à qualidade de vida das pessoas nos países, é um dos responsáveis pelo cálculo do IDH, junto com a UNESCO.
3)        OIT: Organização Internacional do Trabalho – trata de assuntos relativos à questões trabalhistas, buscando erradicar o trabalho escravo e o trabalho infantil, bem como garantir igualdade de condições de trabalho entre os indivíduos.
4)        OMC: Organização Mundial do Comércio – regula transações comerciais e acordos econômicos internacionais, bem como garante a Livre Concorrência inibindo a formação de Cartéis e Monopólios.
5)        BIRD (Banco Mundial): regula a economia capitalista através do controle monetário internacional. Mantém as reservas de ouro do planeta.
6)        FMI (Fundo Monetário Internacional): regula a liberação internacional de crédito (financiamentos) à governos do mundo todo. Hoje o país é seu credor (empresta dinheiro à outros países através deste banco).

Outras instituições:

       1)     OTAN
A principal aliança dos USA durante a Guerra Fria foi a criação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em 1949. Consistiu em uma unificação dos grandes países capitalistas, banhados pelo Atlântico Norte, contra a ameaça socialista soviética. Por sua vez, a URSS conseguiu apoio para criar, em 1956, o Pacto de Varsóvia, a unificação dos países socialistas.


       2)     União Européia
Ao realizar a doação de quase U$150 bilhões, entre 1948 e 1951, aos países europeus devastados pela 2ª GGM, os USA conquistaram aliados político-econômicos. No entanto, os europeus não aceitaram de forma submissa a todas as imposições dos USA, pois sabiam que, com a dolarização da economia mundial estariam sujeitos às regulamentações estadunidenses.
Foi também com base nesse princípio, que alguns países europeus se uniram, na tentativa de competir com os USA pelo mercado mundial.
Em 1951, superando velhas rivalidades, França, Alemanha Ocidental, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Itália criaram a Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA). Com o tempo, essa entidade, que era de cooperação econômica, passou a estreitar laços políticos e culturais entre essas 6 nações.
Em 1957, a CECA ampliou suas atividades, surgindo a CEE (Comunidade Econômica Européia), ou MCE (Mercado Comum Europeu). O sucesso dessa iniciativa atraiu, em 1973 Inglaterra, Irlanda e Dinamarca; em 1986 Grécia, Espanha e Portugal; e em 1995 Áustria, Suécia e Finlândia.
Em 1991 foi firmado o Tratado de Maastricht, que entrou em vigor em 1993. Trata-se dos fundamentos da UE (União Européia), que hoje representa uma unificação política, econômica e militar dos países membros, responsáveis por um PIB de U$15 trilhões anuais. Essa aliança ameaça, diretamente, a hegemonia econômica dos USA no Mundo, já que sua economia também é de U$15 trilhões anuais.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Sócio - Terrorismo

Origens históricas do Terrorismo
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

Vários dos ataques terroristas ocorrentes no mundo são assumidos por grupos terroristas islâmicos fundamentalistas, que utilizam a desculpa da religião para atacar militarmente seus inimigos políticos.
As origens histórias da chamada “Jihad Islâmica – Guerra Santa” tem como base a formação das 3 maiores religiões monoteístas do mundo: O Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo, todas herdeiras de Abraão e, segundo princípios religiosos islâmicos eles formam o verdadeiro POVO DE DEUS na Terra e têm direitos sobre Canaã.
Esses conflitos religiosos se intensificaram com a disputa política pelo território do Oriente Médio (maior região petrolífera do mundo).
Em 1979, os afegãos expulsaram os soviéticos de seu território, mas devido a pressões de Israel, os USA não enviaram a promessa financeira ao Afeganistão.
Graças a essa não-ação dos USA, os Talibãs implantaram no Afeganistão um sistema de governo fundamentalista, surgindo com isso um sentimento de revanchismo contra os estadunidenses. Tal sentimento desenvolveu-se com o apoio financeiro do milionário saudita Osama bin Laden.
A traição estadunidense também gerou revanchismo em outros países islâmicos, principalmente no Irã.
O Irã faz parte do círculo de maior produção petrolífera do mundo, o Golfo Pérsico. Irã, Iraque, Arábia Saudita e Kuwait, são responsáveis por 90% da produção de petróleo no mundo. Sozinhos, os USA consomem 70% do petróleo mundial, o que os tornam dependentes da produção do Golfo.
Em 1979, o Irã passa pela Revolução dos Aiatolás, quando o fundamentalista Aiatolá Khomeini assume o governo, e desregra a cotação mundial de petróleo, e bloqueando o envio do combustível aos USA.
Para contornar a situação, em 1980 os USA resolvem financiar o maior rival do Irã na região. O Iraque, do jovem governante Saddan Hussein aceita uma proposta dos USA, muito parecida com a feita aos Talibãs em 73. Mas para tanto, Saddan exigiu do governo estadunidense o envio de armas químicas, biológicas e nucleares ao Iraque. Os USA aceitaram o acordo.
A Guerra Irã-Iraque durou de 1980 à 88, e ao final dela, mais uma vez, os USA não cumpriram o acordo de envio financeiro para a reconstrução do Iraque no pós-guerra.
Como represália, em 1990 o Iraque invade o Kuwait, e bloqueia a exportação de petróleo para os USA.
Em 18 de janeiro de 1991, os USA comandam 28 nações na desocupação do Kuwait, com o aval da ONU. O episódio ficou conhecido como A Guerra do Golfo. No entanto, o então presidente dos USA, George Bush, foi impedido, pela própria ONU, de invadir o Iraque, o que poderia acarretar em uma guerra de destruição em massa, mediante o perigo das armas de ambos países.


Bases para a 2ª Guerra do Golfo.
Em 2000, após tumultuadas eleições, George W. Bush é eleito Presidente dos USA, sem a maioria total de votos.
Um de seus primeiros atos foi a ordem para a construção de um Escudo Militar nos USA. Essa medida feria o Tratado de Não Proliferação de Armas da ONU. Mediante a insistência do governo estadunidense na idéia de sua vulnerabilidade diante de ações terroristas, a ONU, em julho de 2001, proibiu os USA de continuarem a construção do Escudo.
Em 11 de setembro de 2001, a “vulnerabilidade” dos USA é mostrada em tempo real ao mundo, com os atentados terroristas a Nova Iorque e Washington. Logo após, os USA são surpreendidos com a proliferação de mortes por contato com Antraz em seu território.
Com a prova de que estava certo, George W. Bush investe na retaliação ao Afeganistão e consegue importante vitória na ONU – a permissão para a retomada da produção bélica.
Com duas bases importantes no Oriente Médio: Kuwait e Afeganistão, em 2002 o governo de Bush lista os países que ameaçam a paz mundial, devido seu suposto apoio a movimentos terroristas: Irã, Iraque e Coréia do Norte. Coincidentemente dois dos maiores produtores de petróleo do mundo e o único país que não aceita, declaradamente, as investimentas estadunidenses no mundo, respectivamente.
No entanto, suspeitas que recaem sobre a veracidade dos atentados ao país em 2001, e o fato da família Bush estar diretamente envolvida com poços de petróleo no Texas, levam diversos especialistas a acreditarem que o conflito serve de pretexto para que os USA possam controlar as reservas de petróleo do Oriente Médio, o que seria crucial para que o país mantivesse sua supremacia no mundo devido a ameaça de ascensão da UE, que anexará outros 10 países este ano.
Com a chamada “Segunda Guerra do Golfo”,  ocorreu contra o governo de Saddan Hussein no Iraque. Em março de 2003, uma coalizão de países liderada pelos EUA e pelo Reino Unido invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos EUA, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição em massa e deter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após sua captura em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. Em 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas ao assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada em 30 de dezembro de 2006.
Após a conquista do Iraque, o governo estadunidense partiu para uma nova investida no Oriente Médio, a chamada Guerra ao Terror, que tem como base, destituir governos não democráticos em países árabes (muitos deles que apoiavam grupos terroristas) e, consequentemente, a implantação do sistema capitalista no mundo árabe.
Em 1 de maio de 2011, dez anos desde os atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar estadunidense em Abbottabad. Seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados Unidos e sido sepultado no mar após passar por rituais tradicionalmente islâmicos.
Seria esse o fim da Guerra ao Terror, que muitos especialistas garantem se tratar da 3ª GGM?

PRIMAVERA ÁRABE:
Os protestos no mundo árabe em 2010-2012, também conhecidos como a Primavera Árabe, são uma onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até hoje, tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia;
Grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque,  Jordânia,  Síria, Omã e Iémen e protestos menores no Kuwait, Líbano,  Mauritânia,  Marrocos Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental. 
Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook,Twitter e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional em face de tentativas de repressão e censura na Internet por partes dos Estados.
Pesquise por país em http://topicos.estadao.com.br/ (nome do país).
Em 2013 destacaram-se os conflitos na Síria. Uma parte do povo sírio (asilados políticos palestinos, em sua maioria, ou da etnia curda, todos religião sunita – ou ainda uma pequena minoria cristã ortodoxa) quer a saída de Bashar Al-Assad, um ditador que comanda o país desde 2000, ou seja, há mais de 13 anos. Ele recebeu o cargo de seu pai, que ficou no poder por mais de 30 anos e governa o país apenas para uma parte da população que o apoia. Em 2007 foi candidato único à presidência e teve aprovação de 97% da população com direitos políticos (20% do total). Em 2011 uma série de protestos contra seu governo foram organizados pela população, que exige democracia. O governo de Al-Assad os considera “rebeldes”, e passa a atacar militarmente regiões do país onde a população não apoia seu governo. Esses “rebeldes” conseguiram formar milícias de resistência, com apoio bélico dos USA. Em agosto de 2013 Al-Assad usou armas químicas em vários ataques militares. Com a denúncia feita pela ONU e pela Cruz Vermelha, foi convocado, pelos USA, o Conselho de Segurança da ONU, que em setembro votou a favor do ataque ao país, por infringir a Convenção de Genebra. No entanto 2 países nucleares votaram contra: RUS e CHI. Assim começam empasses sobre o ataque ou não. Enquanto tropas da OTAN ocupam o mediterrâneo, China retira-se das negociações de RUS e USA ficam por mais de 2 meses em negociações diplomáticas. Após ultimato ao governo sírio, em novembro o ditador decide entregar seu arsenal químico. Inspetores da ONU vão ao país e destroem quase todo o arsenal. Esta semana (abril/2014) o ditador aceitou novo acordo com a RUS para entregar os últimos 8% de armas que ainda possui.


ISRAEL X PALESTINOS
Ao formar-se o Estado de Israel em 1948, a população árabe local foi expulsa e teve de se refugiar em outros países, como a Jordânia, o Egito, a Síria e o Líbano. A esse grupo de refugiados políticos, despatriados, convencionou-se denominar PALESTINOS. Desde então, buscam o direito de também terem constituído um país próprio, o Estado da Palestina. Mas as constantes invasões israelenses a outros países árabes, para a sua expansão territorial não tem permitido a PAZ.
Principais conflitos entre árabes e israelenses – pós formação de Israel (1948);
- Guerra de Suez (1956): envolveu FRA e ING (que tentaram recuperar parte dos antigos territórios coloniais), o Egito (aliado dos palestinos) e os USA (apoiando interesses de Israel
- Guerra dos Seis dias (1967): os palestinos com o apoio de Egito, Jordânia e Síria tentou resistir ao avanço territorial de Israel que anexou também terras do Egito (Sinai e Faixa de Gaza), da Jordânia (Cisjordânia) e Síria (Colinas de Golan);
- Guerra de Yom Kippur (1973): nova vitória israelense (conseguiram acordo com Egito e Jordânia), devolveu a península de Sinai e evitou a fundação do Estado Palestino.
- Criação da faixa de segurança (1978): O Líbano abrigou palestinos refugiados da Jordânia. Foi criada uma faixa de segurança para prevenir ataques de guerrilheiros à territórios israelenses (1985). Foram milhares de mortos de ambos os lados. Em 2000 Israel retirou suas tropas do sul do Líbano
- A Síria é o único país ocupado que ainda não selou acordos de paz com Israel.


Instituições da ONU
Assembléia Geral: reúne todos os países associados e constitui o órgão mais importante;
Conselho de Segurança: tem a missão de manter a paz e a segurança mundial e que toma decisões sobre conflitos entre países;
Secretaria Geral: administra a instituição e executa os programas e políticas elaboradas pela entidade;
Conselho Econômico e Social: é o responsável pelos programas sociais e econômicos;
Corte Internacional de Justiça: julga as disputas entre os países.

Também fazem parte da ONU a UNESCO, a OMS, a OIT, o BIRD (BM) e o FMI.

Sócio - A Evolução do Capitalismo

A Evolução do Capitalismo
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

As fases do K ao longo da história podem ser divididas em 3: K Comercial, Industrial e Financeiro.

K Comercial:
- Período de acumulação primitiva de capital, ocorrido na primeira fase do K, logo após as navegações e a conquista, pelos países europeus, de novas terras, para expropriar suas riquezas. Em um segundo momento, após o esgotamento das riquezas de metais e pedras preciosas, inicia-se o desenvolvimento do Sistema de Plantation (latifúndio, trabalho escravo, monocultura);
- Características da DIT: Europa = metrópole / América-África-Ásia = colônias (fornecedoras de matéria-prima para a manufatura e alimentos);

K Industrial:
1ª Revolução Industrial – desenvolvimento da máquina a vapor; Surgimento da teoria Liberal (Adam Smith = laissez-faire).
2ª Revolução Industrial – máquina à combustão – aceleração da produção.
- A necessidade de encontrar uma forma de aumentar a lucratividade com o investimento da acumulação primitiva de capital, o excesso de mão-de-obra nas cidades (com o desemprego no campo) fez o desenvolvimento da indústria uma boa opção para a burguesia européia. Os entraves eram: a mão-de-obra escrava nas colônias (que não consomem) e própria existência de colônias (dificuldade de comercialização das maiores economias industriais – ING, FRA e HOL).  Para resolver foi difundido processo de abolição da escravatura e independência das colônias.
- DIT: Europa = centro / América-África-Ásia: neocolonialismo e imperialismo (agropecuários e extrativistas).
- Ao inibir o desenvolvimento industrial nas neocolônias a burguesia europeia, após a 1ªGGM, apropria-se e/ou unificam forças, dando origem a conglomerados industriais: trustes e holdings; passam a controlar setores completos da economia: monopólios e oligopólios; e a desenvolver práticas que desabilitaram a livre-concorrência, como cartéis.

K Financeiro:
Após a 2ª GGM o Mundo, em Guerra Fria, passa a ser dividido em 3: 1º Mundo (k ricos), 2º Mundo (socialistas), 3º Mundo (K pobres); Surge a 3ª Revolução Industrial, acentuada na disputa tecnológica das corridas espacial e armamentista.
O crescimento econômico das empresas capitalistas se acentua com a quebra da URSS e com a conquista do domínio de tecnologias antes pertencentes aos países.
Surgem grandes centros de produção tecnológica nos países ricos, os tecnopólos, ligados à grandes universidades e com investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Para poupar gastos de produção e investir mais em P&D, várias empresas se instalam em países pobres, com recursos materiais e humanos disponíveis, tornando-se multinacionais e/ou transnacionais.
A OMC e a OIT são criadas para pressionar governos afim de garantir desenvolvimento social em áreas de desenvolvimento industrial, através da criação de empresas nacionais de infra-estrutura (siderurgia, transportes, educação, comunicação, saneamento, energia, etc); bem como o fim do trabalho-escravo e infantil.
As novas configurações da economia mundial, e o grande desenvolvimento de alguns países reconfigura a DIT:
Países desenvolvidos/industrializados = ricos do norte; Países subdesenvolvidos/agropecuários = pobres do sul; Países subdesenvolvidos (ou em desenvolvimento) e industrializados (de industrialização tardia) = emergentes.
A DST também ganha novos contornos: a economia passa a desenvolver-se em 5 setores: primário = agropecuário e extrativista; secundário = industrial (transformação e/ou tradicionais); terciário = serviços e comércio; quaternário = produção de conhecimento (tecnologia, p&d); quinário: de valores intelectuais embutidos (marcas, fama, etc).

O Capitalismo de fluxos

Na década de 70 houve a implantação de multinacionais em países subdesenvolvidos, ao passo que países desenvolvidos passam a investir em tecnologia. As multinacionais retornam parte de seu lucro aos países de origem para investir em tecnologia.
A exportação de produtos industrializados possibilita uma melhoria na Balança Comercial dos países subdesenvolvidos.
Países industrializados criam junto a ONU (através da OMC) as leis de Patentes, exigindo royalties pela produção tecnológica. Além disso, para impedir a fuga de capital, passam a oferecer subsídios: na produção industrial, na agricultura, nos impostos sobre terrenos de instalação, no investimento em P&D.
Nas décadas de 80 e 90 muitas multinacionais abrem seus capitais para aumentar o investimento especulativo em tecnologia; Surgem muitas empresas financeiras e há um grande crescimento de empresas exclusivamente tecnológicas (comunicação, informacional, tecnologia de ponta).
A Bolsa de Valores de Nova York não suporta controlar a economia das novas empresas tecnológicas. Surge a NASDAQ, especializada em tecnologia, e a economia capitalista passa a ser dividida em duas: A Velha Economia (indústrias de automóveis, tabaco, Cias de petróleo, bens e consumo, etc.), e a Nova Economia (computadores, informática e telecomunicações).
Na década de 2000 há um grande crescimento do turismo, do setor terciário e das telecomunicações causa um “BUM” econômico aos emergentes: passam a ter maior poder econômico e buscam ter maior poder político no mundo. Exigem quebra de patentes, fim de subsídios em países industrializados, participação nas decisões políticas no mundo (como vagas definitivas no Conselho de Segurança da ONU).
Nos anos 2000 as empresas especializadas em tecnologia se tornam tão primordiais que reconfiguram o K: hoje tem-se o capitalismo da circulação: de valores, de mercadorias, de informações, de produtos, de doenças, etc..... isso chama-se Globalização (econômica) e Mundialização (cultural).
Graças a pressões internacionais os EMERGENTES conquistam as quebras de patentes (direitos de comercialização) de diversos produtos – medicamentos, produtos tecnológicos, etc).
Brasil, Índia e China, juntos, têm quase metade da população mundial e grande extensão territorial. Passam a oferecer subsídios também, o que aumenta o desenvolvimento industrial (tanto em industrias de transformação como em industrias tecnológicas). Outro grande desenvolvimento é o da Agroindústria. Passam a oferecer juros altos na economia, atraindo capital especulativo estrangeiro, atraindo dólares e acelerando o consumo interno com a facilitação de crédito.
Outro fator determinante do período é a evolução dos meios de transporte, mais eficientes e baratos, possibilitando um maior fluxo de pessoas pelo mundo.
Essa nova fase do capitalismo (globalização econômica) se desenvolve em torno dos fluxos: de pessoas, de capitais e de mercadorias (facilitados por acordos econômicos independentes e produção industrial descentralizada, juntamente com o surgimento de blocos econômicos sólidos, como a U.E., o Mercosul e a Nafta).
O comércio como centro no capitalismo se desenvolve através de uma hierarquização do crescimento urbano (urbanização): centros regionais, metrópoles regionais e metrópoles nacionais.
CONCEITOS:
       1)       Metrópoles: grandes cidades em número populacional e de desenvolvimento (industrial, comércio, serviços, etc), com um roll de cidades vizinhas que servem de dormitório e a utilizam como base produtiva – Ex. Campinas, Curitiba, Belo Horizonte, etc.);
       2)       Megalópoles: regiões superurbanizadas que criam um eixo de relações de capitais, de pessoas, de informações e de mercadorias  – Ex. o eixo Rio-SP, a primeira megalópole da América do Sul;
      3)       Megacidades: Cidades gigantes, com grande contingente populacional mas sem muita influência econômica no mundo – Ex: Lagos (Nigéria), Dacca (Bangladesh) e Karachi (Paquistão);

        4)       Cidades Globais: não envolve o número de habitantes mas leva em conta a economia, os serviços, a rede financeira, as telecomunicações e a produção de conhecimento. Ex. Tóquio, Londres, Nova York, São Paulo, Cingapura, Cidade do México. (Muitas Cidades Globais também são Megacidades).

Sócio - Racismo no Mundo

RACISMO NO MUNDO
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

As pesquisas científicas afirmam que só existe uma única espécie de ser humano = homo sapiens sapiens, e que qualquer variação genética na espécie é de uma variabilidade de 93%, o que não caracterizaria uma subespécie, isto é, raças de humanos.
No entanto, socialmente, o conceito de raça é bastante comum na distinção de grupos étnicos populacionais, sendo, comumente distinguidos por 4 grandes grupos de raças humanas: brancos, negros, amarelos e indígenas.
Embora esta distinção racial não seja geneticamente aceita, sociologicamente é importante compreendê-la. Surgiu após a descoberta de novos continentes, que não o europeu, devido a necessidade do homem branco europeu em afirmar sua superioridade étnica diante de novos grupos populacionais. Assim surgem os conceitos de PRIMITIVIDADE E CIVILIDADE. O homem branco europeu se enxerga como “civilizado” (indivíduo dotado de senso civil e de organização social) em contrapartida aos povos “primitivos” (sem noções de civilidade) existentes em outros continentes.
Na distinção entre civilizados e primitivos nasce o conceito de RAÇA: grupo de indivíduos humanos que pertencem a uma mesma característica histórica (grau de civilidade) e a um mesmo patrão fisiológico (cor da pele, tipo de cabelo, formato do crânio, etc.). O preconceito que surge dentro do conceito de RAÇA é, deste modo, o de superioridade do HOMEM BRANCO EUROPEU (que já teria passado por todos as etapas dos processos evolutivos da espécie humana, por isso mais inteligente, mais bonito, mais civilizado).
Deste modo o conceito de RAÇA se diferencia do de ETNIA (que está ligado a fatores culturais como nacionalidade, origens históricas, identidade tribal, religião, língua, tradições culturais e reivindicações de soberania sobre o território em que vivem).
Portanto, apesar da não existência de bases científicas para classificar biologicamente os seres humanos, as desigualdades sociais existem, devido ao preconceito racial.
A identidade cultural de um povo também resulta da maneira como as pessoas se relacionam com o espaço que habitam, ou seja, do modo como organizam esse espaço territorial. Uma nação se apropria dos lugares por meio de práticas culturais, que envolvem sentimento e simbolismo atribuídos a um determinado local.
No caso do Brasil, um território continental, com quase 200 milhões de pessoas, um povo com influências culturais múltiplas, resultante de uma miscigenação racial sim, mas principalmente cultural.
Filosoficamente pode-se dizer que há um tipo de desvio de virtudes (Ética) que pode estar relacionado à duas virtudes A IGNORÂNCIA como desvio do RESPEITO e da SABEDORIA. A Ignorância como desvio da Sabedoria está relacionada ao não saber, ao ignorar algo. Já a Ignorância como desvio do Respeito relacionado ao ato de desrespeitar, maltratar pela ação da maldade.
Sob este aspecto podemos refletir sobre as ações humanas relacionadas ao se tratar com pessoas diferentes: pela origem, pela cor da pele, pela aparência, pela prática religiosa, etc.
Neste caso, como ações antiéticas (comportamento humano) temos 3 tipos bem distintos: PRÉ-CONCEITO, PRECONCEITO e DISCRIMINAÇÃO:
Sociologicamente, como PRÉ-CONCEITO está relacionado à IGNORÂNCIA DO NÃO SABER (OPOSTO À SABEDORIA), consiste em se cometer um ato de julgamento sobre algo por não se conhecer o objeto, por desconhecê-lo. Isso ocorre principalmente porque, todo ser humano, ao se deparar com algo desconhecido, com o novo, tende a utilizar de ignorância para defender-se do que pode ser ruim (o diferente sempre é visto como ruim, o semelhante é o bom – ação humana da rejeição). Desde modo podemos compreender, por exemplo, a reação do homem branco europeu ao descobrir a existência de novos povos na América ou na África Negra, na época dos descobrimentos, e até por isso, agir de modo Pré-conceituoso, julgando os povos indígenas e aborígenas como inferiores, feios, animais até.
O PRECONCEITO é o ato da IGNORÂNCIA PELO DESRESPEITO. Quando, ao se conhecer o objeto, mesmo assim, se faz um julgamento negativo dele, antiético. Hoje, por exemplo, sabe-se que não há distinção genética entre grupos humanos de etnias diferentes (negros, brancos, pardos, amarelos, etc., são biologicamente iguais). Mesmo assim, muitas pessoas se julgam melhores ou superiores a outras.
Quando se coloca em prática o preconceito, isto é, quando se age contra alguém de forma desrespeitosa, tem-se o ato da DISCRIMINAÇÃO.
A Discriminação pode ser por gênero, por questões físicas, mentais, e raciais. Quando a discriminação é racial (movida pela cor da pele ou pela origem étnica) é chamada de RACISMO.


LEIS NO BRASIL:
No Brasil o RACISMO é um tipo de discriminação, e é crime.
Em conformidade com as leis internacionais, pautadas pela CONVENÇÃO DE GENEBRA (1973), RACISMO é o ato de se julgar ou praticar desrespeito a um indivíduo por considerá-lo inferior por causa de sua origem étnica ou por sua cor de pele, desde que este julgamento seja realizado por um indivíduo e/ou grupo, historicamente dominante sobre um indivíduo e/ou grupo historicamente subjugado (dominado). Isto significa que atos de racismo só podem ser constatados quando um indivíduo declaradamente branco age preconceituosamente contra alguém pertencente a outro grupo étnico/racial. Quando a ação ocorre de modo invertido, no Brasil é apenas considerado um ato de AFIRMAÇÃO RACIAL, o que não é Crime.
Deste modo, no Brasil só é considerado racismo quando um indivíduo é proibido ou inibido de realizar qualquer ação por ser considerado inapto por causa da cor da pele ou de sua origem étnica. Neste caso é um crime inafiançável, e pode ser punido com detenção de 6 meses a 4 anos.
 Quando a discriminação não impede o indivíduo de realizar normalmente qualquer tipo de ação, quem cometeu o ato responderá pelo crime de INJÚRIA RACIAL e não de RACISMO, que não é inafiançável e gera punição de no máximo 6 meses de detenção, ou conversão para serviços comunitários.

CONCEITOS:
Miscigenação: mistura racial, combinação genética entre várias etnias diferentes.

Segregação: Separação racial, isolamento étnico.

Sócio - Introdução à Sociologia

INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

Sociologia é a ciência que estuda a Sociedade (Socio = Sociedade / Logus = Ciência). Sociedade, por sua vez, é nome que se dá a um grupo de pessoas sujeitos às mesmas regras. Ao indivíduo que vive em sociedade, dá-se o nome de CIDADÃO. Àqueles que não cumprem as regras sociais tem-se a punição de serem “expulsos” da mesma, sendo obrigados a viver às margens dela, por isso o termo MARGINAL.
Existem inúmeras teorias sobre o surgimento das sociedades humanas. No entanto, todas partem do princípio de que “Todo ser humano é social por Natureza”, isto é, o homem necessita de seus semelhantes para sobreviver, perpetuar a espécie e também para se realizar plenamente como pessoa.
À capacidade natural da espécie humana para viver em sociedade dá-se o nome de SOCIABILIDADE. A Sociabilidade se desenvolve por meio da SOCIALIZAÇÃO (o indivíduo se integra ao grupo em que nasceu, assimilando o conjunto de hábitos e costumes característicos daquele grupo).
A Socialização só é possível através de Contatos Sociais (primeiro passo para se concretizar qualquer associação humana). Os contatos sociais podem ser primários (diretos, pessoais, emocionais e íntimos), ou secundários (quando ocorrem só para se atingir um fim).
A primeira coisa necessária para a concretização de um Contato Social é a utilização da LINGUAGEM (o que diferencia homens de animais). A linguagem pode ser escrita, oral, gesticulada ou emocional. Quando há a frustração na concretização do Contato Social, ocorre um ISOLAMENTO SOCIAL. Mas, quando ela se concretiza plenamente, temos a INTERAÇÃO SOCIAL.
A Interação Social ocorre com a ASSIMILAÇÃO  (ajustamento social, onde indivíduos ou grupos diferentes tornam-se mais semelhantes), que  pode se dar através de COOPERAÇÃO (diferentes pessoas, grupos ou comunidades trabalham juntos para um mesmo fim) ou de COMPETIÇÃO (indivíduos que agem uns contra os outros em busca de uma melhor situação – podendo gerar uma elevada tensão social, chamada CONFLITO). O término de um conflito pode ocorrer por ACOMODAÇÃO (quando um adversário derrota o outro, onde o derrotado é liquidado ou escravizado), ou por Assimilação.
O Isolamento social geralmente leva o indivíduo a situações extremas frequentemente diagnosticadas por demência (depressão, esquizofrenia, loucura, e, até, o suicídio).
Para se viver em sociedade, de forma a evitar-se o conflito pela interação social, o princípio básico é a SOLIDARIEDADE (troca afetiva e material que geralmente se estabelecem nas pequenas organizações comunitárias).
Por SOCIEDADE deve-se pensar em algo de valor social pleno, onde todas as relações humanas se concretizam. Existem dois tipos de sociedades: Comunitárias (pequenas comunidades) e Societárias (como as grandes metrópoles contemporâneas).
COMUNIDADE é o nome que se dá a pequenas sociedades, onde os indivíduos a ela pertencente mantém vínculos significativos de hábitos e costumes.
Características das Comunidades:
a) nitidez: é o limite territorial claro da comunidade (onde ela começa e termina);
b) pequenez: limitada por uma proporção ínfima diante da sociedade;
c) homogeneidade: as atividades e o estado de espírito dos indivíduos que as compõem são muito semelhantes;
d) auto-suficiência: atente às necessidades de seus membros.
 Exemplos de comunidades: grupos com a mesma identidade musical, social, vicinal, religiosa, emocional, familial, educativo, de lazer, profissional, político, étnico ou regional, etc.
Se o principio para se viver em uma sociedade é conviver harmoniosamente com suas regras, ou seja, ser cidadão, temos a necessidade de exercer essa cidadania plenamente. Para isso, toda sociedade deve ser constituída de regras de DIREITOS e DEVERES.
DIREITOS
Os princípios básicos dos direitos sociais estão determinados na Declaração Universal dos Direitos Humanos (vida, liberdade, igualdade, alimentação, saúde, vestuário, trabalho livre, proteção, moradia, educação, reconhecimento, etc, e ao AMOR.
DEVERES
Divididos em duas partes: GOVERNAMENTAIS – O Estado deve produzir bens e serviços sociais, a serem distribuídos gratuitamente aos membros da sociedade, sendo estes bens públicos ou particulares, bem como garantir o gozo pleno dos diretos aos seus cidadãos; PESSOAIS – respeito total as regras sociais estipuladas para o bom convívio entre os indivíduos da sociedade, que devem ser determinadas coletivamente (por setores sociais) e dentro de princípios dos direitos humanos.
O maior problema para possibilitar a CIDADANIA (plenitude em seu papel de cidadão pelo indivíduo social) é a Exclusão Social, que se dá ou pela marginalização (quando o indivíduo não respeita as regras sociais) ou pela não oferta satisfatória dos direitos básicos à cidadania por parte do Estado (saúde, educação, moradia, emprego, etc.).

Questão para reflexão?

Porque um indivíduo pode deixar de respeitar uma regra social?