segunda-feira, 5 de outubro de 2015

S - Islamismo

CULTURA - Islamismo
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

Vários dos ataques terroristas ocorrentes no mundo são assumidos por grupos terroristas islâmicos fundamentalistas, que utilizam a desculpa da religião para atacar militarmente seus inimigos políticos.
As origens histórias da chamada “Jihad Islâmica – Guerra Santa” tem como base a formação das 3 maiores religiões monoteístas do mundo: O Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo, todas herdeiras de Abraão e, segundo princípios religiosos islâmicos eles formam o verdadeiro POVO DE DEUS na Terra e têm direitos sobre Canaã.
Esses conflitos religiosos se intensificaram com a disputa política pelo território do Oriente Médio (maior região petrolífera do mundo).
Em 1979, os afegãos expulsaram os soviéticos de seu território, mas devido a pressões de Israel, os USA não enviaram a promessa financeira ao Afeganistão.
Graças a essa não-ação dos USA, os Talibãs implantaram no Afeganistão um sistema de governo fundamentalista, surgindo com isso um sentimento de revanchismo contra os estadunidenses. Tal sentimento desenvolveu-se com o apoio financeiro do milionário saudita Osama bin Laden.
A traição estadunidense também gerou revanchismo em outros países islâmicos, principalmente no Irã.
O Irã faz parte do círculo de maior produção petrolífera do mundo, o Golfo Pérsico. Irã, Iraque, Arábia Saudita e Kuwait, são responsáveis por 90% da produção de petróleo no mundo. Sozinhos, os USA consomem 70% do petróleo mundial, o que os tornam dependentes da produção do Golfo.
Em 1979, o Irã passa pela Revolução dos Aiatolás, quando o fundamentalista Aiatolá Khomeini assume o governo, e desregra a cotação mundial de petróleo, e bloqueando o envio do combustível aos USA.
Para contornar a situação, em 1980 os USA resolvem financiar o maior rival do Irã na região. O Iraque, do jovem governante Saddan Hussein aceita uma proposta dos USA, muito parecida com a feita aos Talibãs em 73. Mas para tanto, Saddan exigiu do governo estadunidense o envio de armas químicas, biológicas e nucleares ao Iraque. Os USA aceitaram o acordo.
A Guerra Irã-Iraque durou de 1980 à 88, e ao final dela, mais uma vez, os USA não cumpriram o acordo de envio financeiro para a reconstrução do Iraque no pós-guerra.
Como represália, em 1990 o Iraque invade o Kuwait, e bloqueia a exportação de petróleo para os USA.
Em 18 de janeiro de 1991, os USA comandam 28 nações na desocupação do Kuwait, com o aval da ONU. O episódio ficou conhecido como A Guerra do Golfo. No entanto, o então presidente dos USA, George Bush, foi impedido, pela própria ONU, de invadir o Iraque, o que poderia acarretar em uma guerra de destruição em massa, mediante o perigo das armas de ambos países.

Principais grupos “Terroristas” da atualidade:
- Al-Qaeda: Com nome que significa “a base” em árabe, essa é a organização terrorista mais conhecida do mundo, sobretudo em razão dos atentados às torres do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. Ela é majoritariamente composta por muçulmanos fundamentalistas e tem por objetivo erradicar a influência ocidental sobre o mundo árabe. Foi criada em 1980 para defender o território do Afeganistão contra a URSS, que buscava expandir o domínio socialista sobre o país. Inicialmente essa organização contava com o apoio dos EUA, mas rompeu relações com esse país no início da década de 1990. São unidos aos Talibãs (universitários) que é um grupo político que atua no Paquistão e no Afeganistão, também preocupado com a aplicação das leis da sharia. O grupo comandou o Afeganistão desde 1996 até 2001, quando os EUA invadiram o país após os atentados de 11 de setembro. Com a retirada das tropas estrangeiras, o grupo vem fortalecendo-se e retomando o controle de boa parte do território afegão.
- Boko Haram: o significado do seu nome é “a educação não islâmica é pecado”, sendo às vezes traduzido também como “a educação ocidental é pecado”. O Boko Haram é também uma organização antiocidental que objetiva implantar asharia (lei islâmica) no território da Nigéria. Ela foi fundada em 2002, mas ganhou notoriedade maior em 2014 com o sequestro de centenas de jovens, além de uma série de atentados que resultou em uma grande quantidade de mortes. Os atentados mais radicais iniciaram-se em 2009, quando o então líder e fundador, Mohammed Yusuf, foi assassinado pela polícia nigeriana.
- Hamas: apesar de não ser considerado como um típico grupo terrorista por alguns analistas, o Hamas — sigla em árabe para “Movimento de Resistência Islâmica” — é temido pela maioria das organizações internacionais e Estados, sendo por isso classificado como tal. Ele atua nos territórios da Palestina, tendo como objetivo a destruição do Estado de Israel e a consolidação do Estado da Palestina. O seu braço armado é uma frente chamada de Al-Qassam, além de configurar-se também como um partido político que, inclusive, venceu as eleições em 2006 e que hoje controla a Faixa de Gaza. Países apoiadores do Hamas, como Turquia e o Qatar, não consideram o grupo como uma entidade terrorista, mas sim uma frente política legítima.
- Estado Islâmico (EIIS): o Estado Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS) é um grupo terrorista jihadista que age nos dois referidos países, tendo surgido em 2013 como uma dissidência da Al-Qaeda, inspirando-se nesse grupo. O seu líder é Abu Bakr al-Baghdadi, que liderou a Al-Qaeda no Iraque em 2010 e que havia participado da resistência à invasão dos Estados Unidos ao território iraquiano em 2003. O objetivo do EIIS é a criação de um emirado islâmico abrangendo os territórios da Síria e do Iraque.

- Hezbollah: ("partido de Deus") é uma organização com atuação política e paramilitar fundamentalista islâmica xiita sediada no Líbano. É uma força significativa na política libanesa, responsável por diversos serviços sociais, além de operar escolas, hospitais e serviços agrícolas para milhares de xiitas libaneses. Também tem controle no plantio de marijuana e na produção de haxixe no Vale Bekaa, na divisa com a Síria. É considerado um movimento de resistência legítimo por grande parte do mundo islâmico e árabe. O grupo, no entanto, é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos.



PRINCIPAIS ATENTADOS TERRORISTAS DA HISTÓRIA
18. A Grande Apreensão da Mesquita
Este ato terrorista, que ocorreu entre 20 de Novembro de 1979 e 5 de dezembro de 1979, foi feito por dissidentes islamistas de Meca, o lugar mais sagrado do Islã. O líder dos rebeldes, Mohammed Abdullah al-Qahtani, declarou que ele é o "Mahdi" ou "redentor" do Islã e todos os muçulmanos devem obedecer-lhe.
Centenas de peregrinos que estavam presentes para o "hajj" anual foram tomados como reféns e alguns deles foram mortos junto com os rebeldes no meio do fogo cruzado que se seguiu para o controlo do local. O cerco terminou com a morte de 255 peregrinos e militantes e com 500 feridos.

17. Atentado ao Quartel Beirute
Um dos maiores atos de terrorismo na década de 1980, ocorreu a 23 de outubro de 1983, no auge da Guerra Civil Libanesa, quando dois caminhões-bomba explodiram perto da embaixada dos EUA e de forças militares francesas.
O ataque contra as forças multinacionais no Líbano foi reivindicada pela organização Jihad Islâmica, o nom de guere para o Hezbollah, que estava recebendo ajuda da República do Irã e Islã. Morreram 241 soldados.

16. Voo Pan Am 103
Este evento aconteceu a 21 de dezembro de 1988 num voo transatlântico Pan Am do Aeroporto de Heathrow para o Aeroporto Internacional JFK, em Nova Iorque. O Boeing 747-121, explodiu matando todos os 243 passageiros a bordo, bem como os seus 16 tripulantes antes de cair em Lockerbie, na Escócia matando mais 11 pessoas no chão.
Os 3 anos de investigação conjunta da polícia escocesa e do FBI resultaram na prisão de 2 cidadãos líbios que foram entregues pelo líder líbio Muammar Gaddafi. Gaddafi também indemnizou as famílias das vítimas, embora defendesse não ter ordenado o ataque que resultou em mais teorias da conspiração.

15. Atentados de Bombaim
Um trágico atentado terrorista envolveu 13 explosões em Bombaim (agora Mumbai), na Índia. O ataque a 12 de março de 1993, resultou na morte de 270 civis e fez mais de 700 feridos. Organizado por Dawood Ibrahim, o atentado foi realizado como um ato de vingança contra o massacre muçulmano generalizado de dezembro para janeiro e a destruição do Babri Masjid.

14. Ataque à Cidade de Oklahoma
O pior ato de terrorismo nos EUA antes dos ataques do 11 de setembro, foi o bombardeamento que ocorreu a 19 de abril de 1995, no Alfred P. Murrah Federal Building, um complexo de escritórios em Oklahoma, que custou a vida de 168 pessoas, 19 das quais eram crianças, e deixou mais de 800 feridos.
Também causou danos a 324 edifícios num raio de 16 quarteirões, queimou 86 carros, quebrou as vidraças de 258 edifícios, resultando em 652.000 mil dólares no valor de danos. O autor, Timothy McVeigh, foi condenado à morte por injeção letal em 2001.

13. Ataque Bentalha, Argélia
Também conhecido como o "Massacre Bentalha", este evento trágico aconteceu de 22 a 23 de setembro de 1997, quando guerrilheiros armados invadiram a aldeia e mataram entre 200 e 400 dos seus habitantes.
Tudo começou com uma explosão perto dos laranjais no bairro de Hai el-Djilali, seguida de assaltantes armados com metralhadoras, facões e espingardas de caça indo de casa em casa e abatendo homens, mulheres e crianças. O ato foi reivindicada pelo Grupo Islâmico Armado, que também foi responsável por outros massacres, incluindo a do Hais Rais.

12. Ataque às Embaixadas dos EUA
Esta foi uma série de ataques terroristas contra embaixadas dos EUA, nas cidades do Leste Africano de Nairobi e Dar es Slaam, a 7 de agosto de 1998, que marcou o 8º aniversário da chegada das forças dos EUA à Arábia Saudita.
As explosões de caminhão-bomba foram ligadas ao grupo terrorista Al Qaeda local, liderada por Osama bin Laden. Os caminhões, que estavam carregados com 3 a 17 toneladas de materiais explosivos, detonaram simultaneamente, fazendo mais de 200 mortos e milhares de feridos.

11. Atentando de Karachi
O atentado em Karachi, a 18 de outubro de 2007, aconteceu no dia antes do primeiro-ministro Benazir Bhutto ser recebido em casa depois de 8 anos de auto-exílio no Dubai e Londres. As explosões ocorreram durante uma carreata a caminho do aeroporto para o túmulo de Muhammad Ali Jinnah.
Três vans da polícia suportaram o impacto das explosões, matando 20 policiais imediatamente e resultando na morte de 139 pessoas, a maioria dos quais eram membros do Partido do Povo do Paquistão (PPP).

10. Atentado de Bali
Considerado o mais mortal dos atos de terrorismo na história da Indonésia, este evento trágico ocorreu a 12 de outubro de 2002, numa zona turística de Kuta. Resultou na morte de 202 pessoas, incluindo 38 locais.
Os ataques a casas noturnas locais foram realizados por alguns membros da Jemaah Islamiyah, um grupo islâmico terrorista, com o uso de duas bombas colocadas em uma mochila carregada por homens-bomba e um carro-bomba, enquanto uma terceira bomba explodiu na embaixada dos EUA, em Denpasar.

9. Atentado aos Trens de Madrid
Também conhecido como "11-M", este é considerado o mais trágico ataque terrorista na Europa, que ocorreu a 11 de março de 2004. A série de atentados sincronizados no trem cercania em Madrid, foram perpetrados por um grupo terrorista de inspiração al-Qaeda. Morreram quase 200 pessoas.

8. Atentando do Superferry 14
O mais mortífero ataque terrorista do mundo no mar aconteceu a 27 de fevereiro de 2004 e resultou no naufrágio do Superferry 14, 90 minutos após zarpar do porto de Manila a caminho de Cagayan de Oro City.
Perpetrado por um grupo terrorista islâmico, acabou com a morte de 116 pessoas. Inicialmente pensou-se ser um acidente, mas as investigações mais tarde revelaram que um aparelho de televisão com 4 kg de TNT foi a causa da explosão. Apesar de vários grupos terroristas reivindicarem a tragédia, verificou-se ser o Abu Sayyaf por trás dessa atrocidade.

7. Atentado dos Transportes de Londres
A 7 de julho de 2005, uma série de 3 explosões foram ouvidas a bordo dos trens do metrô de Londres em toda a cidade, enquanto o quarto explodiu em 1 de 2 andares em Tavistock Square.
Os ataques foram causados por dispositivos caseiros à base de peróxido orgânico que foram embalados em mochilas transportadas por homens-bomba. O ataque de 57 minutos terminou com a morte de 52 civis e 4 homens-bomba, e feriu mais de 700.

6. Ataque à Cidade de Sadr
A 23 de novembro de 2006, este ataque envolveu uma série de carros-bomba e 2 morteiros. Um dos ataques terroristas mais trágicos em Bagdá, onde, pelo menos, 215 pessoas morreram, enquanto outras 257 ficaram feridas.
Tendo como alvo favelas xiitas na cidade, que resultou em um toque de recolher de 24 horas e o encerramento do Aeroporto Internacional de Bagdá. Os muçulmanos xiitas também retaliaram, queimando 6 árabes sunitas vivos com querosene.

5. Atentado dos Trens de Mumbai
A 11 de julho de 2006, uma série de 7 explosões foram ouvidas na estrada de ferro suburbana em Mumbai, que resultaram na morte de 209 pessoas e em 714 feridos. As bombas, que estavam dentro de panelas de pressão para aumentar a reação termobárica.
Realizada pela Lshkar-e-Talba e o Movimento Islâmico de Estudantes da Inida (SIMI), este atentado foi feito em retaliação à opressão percebida das minorias muçulmanas nas regiões de Gujarat e Caxemira.

4. Atentados em Bagdá
Estes ataques terroristas envolveram 5 carros-bomba que explodiram em toda a cidade de Bagdá no dia 18 de abril de 2007. Essa violência, que visava os civis xiitas, foi uma reminiscência dos conflitos antes da capital iraquiana ser garantida. Fez cerca de 200 vítimas.

3. Atentado em Al Hillah
Este ataque terrorista foi cometido contra muçulmanos xiitas, que estavam a caminho de Al Hillah em peregrinação, a 6 de março de 2007. Dois homens-bomba com coletes explosivos misturaram-se na multidão que comemorava uma festa tradicional. Quase 200 pessoas morreram.

2. Ataque às Comunidades Yazidi
O ataque mais mortífero já cometido, a seguir ao 11 de setembro, aconteceu a 14 de agosto de 2007, quando 4 atentados suicidas explodiram nas cidades de Yazidi e Jazeera. O ataque com carro-bomba fez 796 vítimas, enquanto 1562 pessoas ficaram feridas.
As 2 toneladas de explosivos que os 3 carros e um tanque de combustível fizeram com que os edifícios desmoronaram, prendendo todo mundo por baixo, enquanto outros naufragaram e achataram bairros inteiros.

1. Atentado do 11 de setembro
A 11 de setembro de 2001, uma sucessão de quatro ataques coordenados foi lançado pela al-Qaeda nas áreas de Nova Iorque e Washington, nos EUA. Cinco aviões foram sequestrados por 19 terroristas.
Dois desses aviões, o American Airlines Flight 11 e o United Airlines Flight 175, colidiram com as torres norte e sul do World Trade Center, em Nova Iorque. Os edifícios entraram em colapso após duas horas e levaram à destruição de edifícios próximos.
O terceiro avião, o voo 77, tinha como alvo o Pentágono, enquanto o último, o United Airlines Flight 93, tinha como objetivo o Capitólio, em Washington, mas caíram num campo na Pensilvânia, quando os passageiros tentaram dominar os sequestradores. Este evento catastrófico matou 3.000 pessoas. 

Atentado ao jornal Charlie Hebdo: 07/01/2015
Fonte: http://www.ciencia-online.net/

Instituições da ONU
Assembléia Geral: reúne todos os países associados e constitui o órgão mais importante;
Conselho de Segurança: tem a missão de manter a paz e a segurança mundial e que toma decisões sobre conflitos entre países;
Secretaria Geral: administra a instituição e executa os programas e políticas elaboradas pela entidade;
Conselho Econômico e Social: é o responsável pelos programas sociais e econômicos;
Corte Internacional de Justiça: julga as disputas entre os países.

Também fazem parte da ONU a UNESCO, a OMS, a OIT, o BIRD (BM) e o FMI.

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