quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Geo - Europa

EUROPA
por Patrícia Carvalho Pinheiro

Caracterização

A Europa é o segundo menor continente do nosso planeta, depois da Oceania.
Na verdade, a Europa não é mais do que a continuação para Oeste do continente asiático, formando uma península.
É limitado a Norte pelo Oceano Glacial Árctico e a Sul pelo Mar Mediterrâneo, que o separa do continente africano. A Oeste fica o Oceano Atlântico e a Este situa-se a Ásia. Localizada totalmente no Hemisfério Norte, por ela passa o Meridiano de Greenwich que divide a Terra em dois hemisférios: O Oriental e o Ocidental. Assim o continente europeu possui terras nas duas porções do continente, sendo que a maior parte de terras se encontra no hemisfério Oriental ou Leste.
A maior parte das terras do continente europeu localizam-se entre o Trópico de Câncer e o circo Polar Ártico, na zona temperada do norte.
A latitude e o relevo são fatores determinantes para o clima da Europa, bem como a altitude e a presença da corrente marinha do Golfo.
Do norte para o sul temos os climas: Polar- Invernos rigorosos e verões curtos; Temperado Úmido- Verões quentes, grande pluviosidade e invernos frios suavizados pela corrente de águas do Golfo; Temperado Continental- Verões quentes e invernos rigorosos devido a distância com o oceano, proporcionando elevada amplitude térmica; Clima Mediterrâneo- Verões quentes e secos e invernos brandos e chuvosos.
O continente europeu possui um relevo pouco acidentado com altitude média de 340 m, ou seja, o relvo é predominante de planície. Temos também os planaltos e regiões montanhosas.
Devido a movimentação da Placa Tectônica em alguns lugares surgiram as cordilheiras como os Alpes, Montes Urais, Caúcaso e Alpes Escandinavos entre outros, e em outras o afundamento do relevo, produzindo as depressões.
Ao sul do continente europeu encontramos uma zona de instabilidade sísmica e vulcões com o Etna e o Vesúvio na Itália.
O território europeu possui uma área de 10,3 milhões de quilômetros quadrados, que representa somente 19% da Eurásia. A Europa possui 48 países autônomos, na maioria pequenos territórios e os micropaíses, além da Rússia que responde por 40% da área total.
Apesar da maioria dos países europeus possuir territórios restritos quanto ao tamanho, esse fator não impediu que muitos desses integrasse o grupo de importantes países no cenário mundial, alguns deles potências econômicas (Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Rússia que fazem parte do G-8).
Sobre essa ampla fragmentação, a Europa passa, curiosamente, por um efeito contrário de integração graças à formação e expansão da União Europeia. Esse bloco econômico, além de ser responsável pela utilização do euro na maioria dos seus países-membros, praticamente eliminou as fronteiras entre os seus territórios, apesar de isso ter provocado efeitos de reação em partes da população, que vêm se enchendo cada vez mais de pensamentos xenofóbicos (de aversão a estrangeiros).
A população europeia, em dados recentes, é de 740 milhões de habitantes aproximadamente. Demograficamente, o continente caracteriza-se pelos fluxos migratórios internos (graças à existência da União Europeia) e, principalmente, externos, com muitos estrangeiros advindos de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Por outro lado, a média de idade na população vem se elevando de forma significativa, graças às baixíssimas taxas de natalidade e mortalidade registradas ao longo dos últimos 20 anos.
A Europa é o continente que apresenta a mais elevada taxa de urbanização, essa condição aconteceu em decorrência de uma série de fatores, principalmente, a Revolução Industrial, que proporcionou profundas mudanças de caráter social e econômico. Com a instalação de indústrias nos centros urbanos, muitos trabalhadores foram atraídos, o que desencadeou o fenômeno migratório denominado de êxodo rural (deslocamento de trabalhadores rurais para as cidades).
Os países da Europa que ingressaram primeiro no processo de urbanização foram justamente aqueles que implantaram a Revolução Industrial (final do século XVIII), como por exemplo, Reino Unido e Suécia. Os outros países europeus aderiram à Revolução Industrial no decorrer do século XIX, período que em houve o fenômeno da urbanização.
Em algumas regiões da União Europeia, a alta poluição do ar está causando diminuição da expectativa de vida de seus habitantes, segundo dados da Agência Europeia do Ambiente (AEA) coletados ao longo de quase dois anos de pesquisa. Com as informações divulgadas no relatório, o problema da poluição do ar na Europa fica ainda mais evidente, aumentando a pressão para que o bloco reduza suas emissões.
Apesar da legislação adotada ter conseguido algum sucesso na redução de poluentes emitidos por escapamentos de automóveis e chaminés, ainda foram detectados altos níveis de partículas microscópicas, mais conhecidas como material particulado, que podem causar doenças como câncer de pulmão e problemas cardiovasculares.
Segundo o relatório, o efeito da poluição sobre a região afetada reduz em até oito meses o tempo de vida dos residentes.mÁreas industriais do leste europeu, como a Polônia, possuíam altos índices de material particulado, e Londres é a capital com o ar mais poluído da União Europeia, sendo a única a exceder os limites diários da UE para emissão de poluentes.
Para o departamento de Meio Ambiente da UE, o bloco precisa de uma revisão das leis de qualidade do ar, além de impor limites para que se aproximem dos níveis de poluição exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os altos índices de material particulado não afetam apenas a saúde dos europeus, mas também o bolso. Segundo a AEA, os gastos em cuidados com saúde e impactos ambientais somaram 1 trilhão de euros.
Os poluentes que causam as emissões desse material são fumaças de carros, de indústrias e de combustíveis domésticos. Essas fumaças passam por reações químicas quando lançadas no ar. Após isso, entram em contato com a água e solo, podendo afetar a produção agrícola.
O material particulado é, nos dias atuais, o maior problema da poluição do ar na Europa. O relatório afirma que 21% da população urbana foi exposta a esse poluente em níveis acima do seguro.
Como alternativas para redução da emissão desse material, a utilização de combustíveis limpos e a diminuição do uso de automóveis nas grandes de cidades reduzo a pegada de carbono de seus habitantes, aumentando a expectativa de vida.
O problema da xenofobia na Europa vem intensificando-se ao longo do tempo. O continente, assim como os Estados Unidos, é um dos locais do mundo que mais recebem imigrantes, além de contar com uma elevada migração interna, graças à livre circulação de pessoas que atinge a maior parte dos países-membros da União Europeia. Com isso, a xenofobia, que é a aversão, o preconceito ou a intolerância para com grupos estrangeiros, aumenta a cada dia.
O aumento dessas migrações internacionais estão geralmente ligadas a fatores de repulsão e de atração. Os primeiros são aqueles que contribuem para a saída rápida do migrante, seja por razões econômicas, por falta de recursos naturais, por crises humanitárias ou ocorrências de guerras ou guerrilhas. Já os fatores de atração são aqueles que se relacionam às condições oferecidas pelos lugares de destino, como uma economia estável ou uma grande oferta de emprego, melhor qualidade de vida, entre outros elementos.
Assim, aumenta-se a intolerância para com os grupos estrangeiros, motivada pelas diferenças culturais e sociais, com inúmeros casos de intolerância social, racial e religiosa. Não obstante, a população europeia também se considera ameaçada pelos estrangeiros, com o receio de que eles diminuam a oferta de emprego e atrapalhem os rumos da economia, enviando dinheiro ao exterior (geralmente, seus lugares de origem) e diminuindo a circulação econômica interna. Tais medos intensificaram-se durante a recente crise econômica financeira.
Outra questão que se relaciona com o aumento da xenofobia na Europa é o crescimento de grupos partidários e políticos de extrema-direita que costumam alimentar uma linha ideológica baseada no antissemitismo, no conservadorismo e outros ideais fascistas, como a “pureza” dos povos europeus. A emergência de posições desse tipo intensificou, inclusive, medidas de Estado envolvendo atitudes xenófobas na Europa, como a construção do Muro de Ceuta, construído pelos espanhóis na África para separar a cidade de Ceuta do território marroquino, dificultando assim a entrada de migrantes.

Um continente em conflito.

CHECHÊNIA
Os chechenos vivem nas Montanhas do Cáucaso;
Incrustado entre o mar Negro e Cáspio, essa localidade compõe a fronteira que divide os vários governos islâmicos do Oriente Médio e as zonas de influência russa no Leste Europeu.
De religião muçulmana os Chechenos buscam a independência desde a dominação russa no século XVIII.
Obtiveram vitórias com sucessões de derrotas (retomada russa) em 1917 (1921); 1941 (1945); 1991 (1994); 1996 (1999 – província autônoma);
2004: Chechênia passa a ter apoio da Al Qaeda;

IUGOSLÁVIA
Independente em 1991;
Conflitos étnicos e religiosos = movimentos separatistas;

BÓSNIA-HERZEGOVINA (Federação croato-bosníaca)
1991: a Croácia abandona a Iugoslávia;
1992: bósnios croatas (católicos) e bósnios muçulmanos se unem contra dominação sérvia (minoria dominante). Inicia-se a Guerra da Bósnia;
1995: Acordo de independência – a ONU mantém-se no país devido as rivalidade étnicos religiosas.

KOSOVO
1996-99: Surge a ELK (albaneses) = lutam pela independência;
1999: Guerra de Kosovo (Sérvia X OTAN) = declarada independência e reconhecimento pela ONU, sem aceitação da Rússia.

UCRÂNIA
1991: Independência da URSS, com acordos unilaterais;
Base dos gasodutos russos no Mar Negro;
2005: após envenenamento o candidato da oposição Viktor Yushchenko é eleito, mas não consegue aprovação no congresso para unificação com a União Europeia;
Em 2010 Viktor Yanukovich, apoiador russo assume a presidência;
Em nov./2013 ele recusa-se a assinar acordos com a U.E., uma série de protestos ganham as ruas, Rússia envia tropas em apoio ao presidente ao país, mas é obrigada a retirar-se por pressões internacionais
Fev./2014 presidente deposto – assume, interinamente Alexandr Turchinov, líder da oposição.
Tropas russas que circundam o país partem para a Península da Criméia, de maioria russa;
1/3: o parlamento russo concedeu ao presidente Vladimir Putin a autoridade para usar a força militar na Ucrânia, na sequência de um pedido de ajuda não-oficial do líder pró-Moscou, Sergey Aksyonov. Os Estados Unidos e seus aliados condenaram;
6/3: o Conselho Supremo (Parlamento) da Crimeia votou e aprovou uma proposta para oficialmente fazer parte do território da Federação Russa.
24/03: a Rússia é excluída do G8 pelo G7 e a OTAN envia navios ao Mediterrâneo;
11/05: a província de Donetsk realiza plebiscito, e também se anexa à Rússia.
Out/14: USA e Rússia entram em um acordo sobre a possível desocupação de áreas na Ucrânia para tentarem uma Paz Permanente.



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