O QUE NOS UNE COMO
HUMANOS? - CULTURA.
Por
Patrícia Carvalho Pinheiro
CULTURA – é o conjunto de características comuns
existente entre um grupo de indivíduos, tais como, costumes, rituais,
tradições, língua, religião, comidas, vestimentas, origem histórica, etc.
Raça
Biológica: variação genética dentro de indivíduos de uma mesma espécie,
superior à 20% (subespécie);
Raça
Sociológica: distinção de grupos humanos caracterizados por estereótipos
fisiológicos: cor da pele, tamanho do crânio, tipo de cabelo, etc.
As
pesquisas científicas afirmam que só existe uma única espécie de ser humano =
homo sapiens sapiens, e que qualquer variação genética na espécie é de uma
variabilidade de 93%, o que não caracterizaria uma subespécie, isto é, raças de
humanos.
No
entanto, socialmente, o conceito de raça é bastante comum na distinção de
grupos étnicos populacionais, sendo, comumente distinguidos por 4 grandes
grupos de raças humanas: brancos, negros, amarelos e indígenas.
Embora
esta distinção racial não seja geneticamente aceita, sociologicamente é
importante compreendê-la. Surgiu após a descoberta de novos continentes, que
não o europeu, devido a necessidade do homem branco europeu em afirmar sua
superioridade étnica diante de novos grupos populacionais. Utilizando os
pensamentos de Charles Darwin, sobre EVOLUCIONISMO, surge o DARWINISMO SOCIAL,
e os conceitos de PRIMITIVIDADE E CIVILIDADE. O homem branco europeu se enxerga
como “civilizado” (indivíduo dotado de senso civil e de organização social) em
contrapartida aos povos “primitivos” (sem noções de civilidade) existentes em
outros continentes.
Na
distinção entre civilizados e primitivos nasce o conceito de RAÇA: grupo de
indivíduos humanos que pertencem a uma mesma característica histórica (grau de
civilidade) e a um mesmo patrão fisiológico (cor da pele, tipo de cabelo,
formato do crânio, etc.). O preconceito que surge dentro do conceito de RAÇA é,
deste modo, o de superioridade do HOMEM BRANCO EUROPEU (que já teria passado
por todos as etapas dos processos evolutivos da espécie humana, por isso mais
inteligente, mais bonito, mais civilizado).
Antropologicamente,
o conceito de RAÇA HUMANA deve ser substituído pelo termo ETNIA (que está
ligado a fatores culturais como nacionalidade, origens históricas, identidade
tribal, religião, língua, tradições culturais e reivindicações de soberania
sobre o território em que vivem).
Portanto,
apesar da não existência de bases científicas para classificar biologicamente
os seres humanos, as desigualdades sociais existem, devido ao preconceito
racial.
A
IDENTIDADE CULTURAL de um povo também resulta da maneira como as pessoas se
relacionam com o espaço que habitam, ou seja, do modo como organizam esse
espaço territorial. Uma nação se apropria dos lugares por meio de práticas
culturais, que envolvem sentimento e simbolismo atribuídos a um determinado
local.
Em
conformidade com as determinações internacionais, promovidas pela ONU, tem-se:
Etnia: Grupo ou comunidade humana definida
por afinidades linguísticas e culturais, que geralmente reivindicam para si
uma estrutura social, política e
um território.
Povo: o povo é o conjunto
dos cidadãos de um país, ou seja, as pessoas
que estão vinculadas a um determinado regime jurídico, a LEIS = GOVERNOS.
Nação: um grupo étnico (com língua,
religião, costumes e tradição)
que constituem direito de povo, isto é, tem um território em forma de governo –
um Estado.
Fugindo aos modelos etnocêntricos da
sociedade ocidental, destacam-se, além das diversidades das culturas indígenas
e africanas, as culturas orientais: chinesa, indiana, malaia, japonesa e, a que
nos atentaremos, a árabe.
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