A Sociologia da Religião
e as origens históricas do “Terrorismo”
Por
Patrícia Carvalho Pinheiro
Vários dos ataques terroristas
ocorrentes no mundo são assumidos por grupos terroristas islâmicos
fundamentalistas, que utilizam a desculpa da religião para atacar militarmente
seus inimigos políticos.
As origens histórias da chamada “Jihad
Islâmica – Guerra Santa” tem como base a formação das 3 maiores religiões
monoteístas do mundo: O Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo, todas herdeiras
de Abraão e, segundo princípios religiosos islâmicos eles formam o verdadeiro
POVO DE DEUS na Terra e têm direitos sobre Canaã.
Esses conflitos religiosos se
intensificaram com a disputa política pelo território do Oriente Médio (maior
região petrolífera do mundo).
Em 1979, os afegãos expulsaram os
soviéticos de seu território, mas devido a pressões de Israel, os USA não
enviaram a promessa financeira ao Afeganistão.
Graças a essa não-ação dos USA, os
Talibãs implantaram no Afeganistão um sistema de governo fundamentalista,
surgindo com isso um sentimento de revanchismo contra os estadunidenses. Tal
sentimento desenvolveu-se com o apoio financeiro do milionário saudita Osama
bin Laden.
A traição estadunidense também gerou
revanchismo em outros países islâmicos, principalmente no Irã.
O Irã faz parte do círculo de maior
produção petrolífera do mundo, o Golfo Pérsico. Irã, Iraque, Arábia Saudita e
Kuwait, são responsáveis por 90% da produção de petróleo no mundo. Sozinhos, os
USA consomem 70% do petróleo mundial, o que os tornam dependentes da produção
do Golfo.
Em 1979, o Irã passa pela Revolução
dos Aiatolás, quando o fundamentalista Aiatolá Khomeini assume o governo, e
desregra a cotação mundial de petróleo, e bloqueando o envio do combustível aos
USA.
Para contornar a situação, em 1980 os
USA resolvem financiar o maior rival do Irã na região. O Iraque, do jovem
governante Saddan Hussein aceita uma proposta dos USA, muito parecida com a
feita aos Talibãs em 73. Mas para tanto, Saddan exigiu do governo estadunidense
o envio de armas químicas, biológicas e nucleares ao Iraque. Os USA aceitaram o
acordo.
A Guerra Irã-Iraque durou de 1980 à
88, e ao final dela, mais uma vez, os USA não cumpriram o acordo de envio
financeiro para a reconstrução do Iraque no pós-guerra.
Como represália, em 1990 o Iraque
invade o Kuwait, e bloqueia a exportação de petróleo para os USA.
Em 18 de janeiro de 1991, os USA
comandam 28 nações na desocupação do Kuwait, com o aval da ONU. O episódio
ficou conhecido como A Guerra do Golfo. No entanto, o então presidente dos USA,
George Bush, foi impedido, pela própria ONU, de invadir o Iraque, o que poderia
acarretar em uma guerra de destruição em massa, mediante o perigo das armas de
ambos países.
Bases para a 2ª Guerra do Golfo.
Em 2000, após tumultuadas eleições,
George W. Bush é eleito Presidente dos USA, sem a maioria total de votos.
Um de seus primeiros atos foi a ordem
para a construção de um Escudo Militar nos USA. Essa medida feria o Tratado de
Não Proliferação de Armas da ONU. Mediante a insistência do governo estadunidense
na idéia de sua vulnerabilidade diante de ações terroristas, a ONU, em julho de
2001, proibiu os USA de continuarem a construção do Escudo.
Em 11 de setembro de 2001, a
“vulnerabilidade” dos USA é mostrada em tempo real ao mundo, com os atentados
terroristas a Nova Iorque e Washington. Logo após, os USA são surpreendidos com
a proliferação de mortes por contato com Antraz em seu território.
Com a prova de que estava certo,
George W. Bush investe na retaliação ao Afeganistão e consegue importante
vitória na ONU – a permissão para a retomada da produção bélica.
Com duas bases importantes no Oriente
Médio: Kuwait e Afeganistão, em 2002 o governo de Bush lista os países que
ameaçam a paz mundial, devido seu suposto apoio a movimentos terroristas: Irã,
Iraque e Coréia do Norte. Coincidentemente dois dos maiores produtores de petróleo
do mundo e o único país que não aceita, declaradamente, as investimentas estadunidenses
no mundo, respectivamente.
No entanto, suspeitas que recaem sobre
a veracidade dos atentados ao país em 2001, e o fato da família Bush estar
diretamente envolvida com poços de petróleo no Texas, levam diversos
especialistas a acreditarem que o conflito serve de pretexto para que os USA
possam controlar as reservas de petróleo do Oriente Médio, o que seria crucial
para que o país mantivesse sua supremacia no mundo devido a ameaça de ascensão
da UE, que anexará outros 10 países este ano.
Com a chamada “Segunda Guerra do
Golfo”, ocorreu contra o governo de
Saddan Hussein no Iraque. Em março de 2003, uma
coalizão de países liderada pelos EUA e pelo Reino Unido invadiu
o Iraque para depor Saddam,
depois que o presidente
dos EUA, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir
armas de destruição em massa e deter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de
Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático.
Após sua captura em 13 de dezembro de 2003 (na Operação
Red Dawn), o julgamento
de Saddam ocorreu sob o governo
interino iraquiano. Em 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas ao assassinato
de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à
morte por enforcamento. A execução
de Saddam Hussein foi realizada em 30 de dezembro de 2006.
Após a conquista do
Iraque, o governo estadunidense partiu para uma nova investida no Oriente
Médio, a chamada Guerra ao Terror, que tem como base, destituir governos não
democráticos em países árabes (muitos deles que apoiavam grupos terroristas) e,
consequentemente, a implantação do sistema capitalista no mundo árabe.
Em 1 de maio de 2011, dez anos desde os atentados
do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden havia sido morto
durante uma operação militar estadunidense em Abbottabad. Seu corpo teria ficado sob a custódia
dos Estados Unidos e sido sepultado no mar após passar por rituais
tradicionalmente islâmicos.
Seria esse o fim da
Guerra ao Terror, que muitos especialistas garantem se tratar da 3ª GGM?
PRIMAVERA
ÁRABE:
Os protestos no mundo árabe em
2010-2012, também conhecidos como a Primavera
Árabe, são uma onda
revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até hoje, tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra
civil na Líbia;
Grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Síria, Omã e Iémen e protestos menores no Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia
Saudita, Sudão e Saara Ocidental.
Os protestos têm
compartilhado técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook,Twitter e Youtube, para organizar,
comunicar e sensibilizar a população e a comunidade
internacional em face de tentativas
de repressão e censura
na Internet por partes dos Estados.
Pesquise por país em http://topicos.estadao.com.br/ (nome
do país).
Em 2013 destacaram-se os conflitos na
Síria. Uma parte do povo sírio (asilados
políticos palestinos, em sua maioria, ou da etnia curda, todos religião sunita
– ou ainda uma pequena minoria cristã ortodoxa) quer a saída de Bashar
Al-Assad, um ditador que comanda o país desde 2000, ou seja, há mais de 13
anos. Ele recebeu o cargo de seu pai, que ficou no poder por mais de 30 anos e
governa o país apenas para uma parte da população que o apoia. Em 2007 foi
candidato único à presidência e teve aprovação de 97% da população com direitos
políticos (20% do total). Em 2011 uma série de protestos contra seu governo
foram organizados pela população, que exige democracia. O governo de Al-Assad
os considera “rebeldes”, e passa a atacar militarmente regiões do país onde a
população não apoia seu governo. Esses “rebeldes” conseguiram formar milícias
de resistência, com apoio bélico dos USA. Em agosto de 2013 Al-Assad usou armas
químicas em vários ataques militares. Com a denúncia feita pela ONU e pela Cruz
Vermelha, foi convocado, pelos USA, o Conselho de Segurança da ONU, que em
setembro votou a favor do ataque ao país, por infringir a Convenção de Genebra.
No entanto 2 países nucleares votaram contra: RUS e CHI. Assim começam empasses
sobre o ataque ou não. Enquanto tropas da OTAN ocupam o mediterrâneo, China
retira-se das negociações de RUS e USA ficam por mais de 2 meses em negociações
diplomáticas. Após ultimato ao governo sírio, em novembro o ditador decide
entregar seu arsenal químico. Inspetores da ONU vão ao país e destroem quase
todo o arsenal. Esta semana (abril/2014) o ditador aceitou novo acordo com a
RUS para entregar os últimos 8% de armas que ainda possui.
ISRAEL X PALESTINOS
Ao formar-se o Estado de Israel em
1948, a população árabe local foi expulsa e teve de se refugiar em outros
países, como a Jordânia, o Egito, a Síria e o Líbano. A esse grupo de
refugiados políticos, despatriados, convencionou-se denominar PALESTINOS. Desde
então, buscam o direito de também terem constituído um país próprio, o Estado
da Palestina. Mas as constantes invasões israelenses a outros países árabes,
para a sua expansão territorial não tem permitido a PAZ.
Principais conflitos
entre árabes e israelenses – pós formação de Israel (1948);
-
Guerra de Suez (1956): envolveu FRA e ING (que tentaram recuperar parte dos
antigos territórios coloniais), o Egito (aliado dos palestinos) e os USA
(apoiando interesses de Israel
-
Guerra dos Seis dias (1967): os palestinos com o apoio de Egito, Jordânia e
Síria tentou resistir ao avanço territorial de Israel que anexou também terras
do Egito (Sinai e Faixa de Gaza), da Jordânia (Cisjordânia) e Síria (Colinas de
Golan);
-
Guerra de Yom Kippur (1973): nova vitória israelense (conseguiram acordo com
Egito e Jordânia), devolveu a península de Sinai e evitou a fundação do Estado
Palestino.
-
Criação da faixa de segurança (1978): O Líbano abrigou palestinos refugiados da
Jordânia. Foi criada uma faixa de segurança para prevenir ataques de
guerrilheiros à territórios israelenses (1985). Foram milhares de mortos de
ambos os lados. Em 2000 Israel retirou suas tropas do sul do Líbano
-
A Síria é o único país ocupado que ainda não selou acordos de paz com Israel.
Principais grupos
“Terroristas” da atualidade:
- Al-Qaeda: Com nome que
significa “a base” em árabe, essa é a organização terrorista mais conhecida do
mundo, sobretudo em razão dos atentados às torres do World
Trade Center, em 11 de setembro de 2001. Ela é majoritariamente
composta por muçulmanos fundamentalistas e tem por objetivo erradicar a
influência ocidental sobre o mundo árabe. Foi criada em 1980 para defender o
território do Afeganistão contra a URSS, que buscava expandir o domínio
socialista sobre o país. Inicialmente essa organização contava com o apoio dos
EUA, mas rompeu relações com esse país no início da década de 1990. São unidos
aos Talibãs (universitários) que é um grupo político que atua no
Paquistão e no Afeganistão, também preocupado com a aplicação das leis da sharia.
O grupo comandou o Afeganistão desde 1996 até 2001, quando os EUA invadiram o
país após os atentados de 11 de setembro. Com a retirada das tropas
estrangeiras, o grupo vem fortalecendo-se e retomando o controle de boa parte
do território afegão.
- Boko Haram: o significado do
seu nome é “a educação não islâmica é pecado”, sendo às vezes traduzido também
como “a educação ocidental é pecado”. O Boko Haram é também uma organização
antiocidental que objetiva implantar asharia (lei
islâmica) no território da Nigéria. Ela foi fundada em 2002, mas ganhou
notoriedade maior em 2014 com o sequestro de centenas de jovens, além de uma
série de atentados que resultou em uma grande quantidade de mortes. Os
atentados mais radicais iniciaram-se em 2009, quando o então líder e fundador,
Mohammed Yusuf, foi assassinado pela polícia nigeriana.
- Hamas: apesar de não ser
considerado como um típico grupo terrorista por alguns analistas, o Hamas —
sigla em árabe para “Movimento de Resistência Islâmica” — é temido pela maioria
das organizações internacionais e Estados, sendo por isso classificado como
tal. Ele atua nos territórios da Palestina, tendo como objetivo a destruição do
Estado de Israel e a consolidação do Estado da Palestina. O seu braço armado é
uma frente chamada de Al-Qassam, além de
configurar-se também como um partido político que, inclusive, venceu as
eleições em 2006 e que hoje controla a Faixa de Gaza. Países apoiadores do
Hamas, como Turquia e o Qatar, não consideram o grupo como uma entidade
terrorista, mas sim uma frente política legítima.
- Estado Islâmico (EIIS): o Estado Islâmico
no Iraque e na Síria (EIIS) é um grupo terrorista jihadista que age nos dois
referidos países, tendo surgido em 2013 como uma dissidência da Al-Qaeda,
inspirando-se nesse grupo. O seu líder é Abu Bakr al-Baghdadi, que liderou a
Al-Qaeda no Iraque em 2010 e que havia participado da resistência à invasão dos
Estados Unidos ao território iraquiano em 2003. O objetivo do EIIS é a criação
de um emirado islâmico abrangendo os territórios da Síria e do Iraque.
Instituições da ONU
Assembléia
Geral: reúne todos os
países associados e constitui o órgão mais importante;
Conselho de Segurança: tem a missão de manter a paz e a
segurança mundial e que toma decisões sobre conflitos entre países;
Secretaria
Geral: administra a
instituição e executa os programas e políticas elaboradas pela entidade;
Conselho
Econômico e Social: é
o responsável pelos programas sociais e econômicos;
Corte
Internacional de Justiça:
julga as disputas entre os países.
Também
fazem parte da ONU a UNESCO, a OMS, a OIT, o BIRD (BM) e o FMI.
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