segunda-feira, 25 de maio de 2015

S - Preconceito e Racismo.

O CONHECIMENTO FILOSÓFICO E AS CIÊNCIAS SOCIAIS
Por Patrícia Carvalho Pinheiro
O conhecimento filosófico, ao contrário da Ciência e do Senso Comum que buscam a verdade, procura a indagação, a reflexão. Refletir é o ato de se afastar do objeto e analisá-lo de fora, sem interferir com suas opiniões e conceitos próprios.
O Filósofo Aristóteles, com base nesta ideia, desenvolveu o tema ETICA (a ação humana pautada em virtudes morais) podemos determinar que o antiético é a ação através do desvio dessas virtudes, isto é, através do defeitos, das imperfeições humanas. Deste modo temos:

VIRTUDES (ETICA)
DESVIOS DA VIRTUDE (ANTIÉTICA)
BENEVOLÊNCIA
MALDADE
GENEROSIDADE
MESQUINHARIA
LEALDADE
TRAIÇÃO
FIDELIDADE
INFIDELIDADE
HONESTIDADE
CORRUPÇÃO
CORAGEM
COVARDIA
BRAVURA
MEDO
JUSTIÇA
VINGANÇA
MODESTIA
ARROGÂNCIA
HONRADEZ
DESONRA

No entanto, há um tipo de desvio que pode estar relacionado à duas virtudes A IGNORÂNCIA como desvio do RESPEITO e da SABEDORIA. A Ignorância como desvio da Sabedoria está relacionada ao não saber, ao ignorar algo. Já a Ignorância como desvio do Respeito relacionado ao ato de desrespeitar, maltratar pela ação da maldade. Sob este aspecto podemos refletir sobre as ações humanas relacionadas ao se tratar com pessoas diferentes: pela origem, pela cor da pele, pela aparência, pela prática religiosa, etc.
Neste caso, como ações antiéticas (comportamento humano) temos 3 tipos bem distintos: PRÉ-CONCEITO, PRECONCEITO e DISCRIMINAÇÃO:
Como PRÉ-CONCEITO está relacionado à IGNORÂNCIA DO NÃO SABER (OPOSTO À SABEDORIA), consiste em se cometer um ato de julgamento sobre algo por não se conhecer o objeto, por desconhecê-lo. Isso ocorre principalmente porque, todo ser humano, ao se deparar com algo desconhecido, com o novo, tende a utilizar de ignorância para defender-se do que pode ser ruim (o diferente sempre é visto como ruim, o semelhante é o bom – ação humana da rejeição).
O PRECONCEITO é o ato da IGNORÂNCIA PELO DESRESPEITO. Quando, ao se conhecer o objeto, mesmo assim, se faz um julgamento negativo dele, antiético. Hoje, por exemplo, sabe-se que não há distinção genética entre grupos humanos de etnias diferentes (negros, brancos, pardos, amarelos, etc., são biologicamente iguais). Mesmo assim, muitas pessoas se julgam melhores ou superiores a outras.
Quando se coloca em prática o preconceito, isto é, quando se age contra alguém de forma desrespeitosa, tem-se o ato da DISCRIMINAÇÃO.
A Discriminação pode ser por gênero, por questões físicas, mentais, de credo, de idade, raciais, etc. Quando a discriminação é racial (movida pela cor da pele ou pela origem étnica) é chamada de RACISMO.
Como vivemos em um mundo controlado, legislado e idealizado, culturalmente inclusive, por um grupo historicamente dominante: HOMEM, BRANCO, RICO, HETEROSSEXUAL e ADULTO, existe, cada vez mais, a necessidade da Sociedade criar Leis que possam garantir igualdade de direitos aos indivíduos pertencentes aos grupos historicamente dominados.

RACISMO
Raça Biológica: variação genética dentro de indivíduos de uma mesma espécie, superior à 20% (subespécie);
Raça Sociológica: distinção de grupos humanos caracterizados por estereótipos fisiológicos: cor da pele, tamanho do crânio, tipo de cabelo, etc.
As pesquisas científicas afirmam que só existe uma única espécie de ser humano = homo sapiens sapiens, e que qualquer variação genética na espécie é de uma variabilidade de 93%, o que não caracterizaria uma subespécie, isto é, raças de humanos.
No entanto, socialmente, o conceito de raça é bastante comum na distinção de grupos étnicos populacionais, sendo, comumente distinguidos por 4 grandes grupos de raças humanas: brancos, negros, amarelos e indígenas.
Embora esta distinção racial não seja geneticamente aceita, sociologicamente é importante compreendê-la. Surgiu após a descoberta de novos continentes, que não o europeu, devido a necessidade do homem branco europeu em afirmar sua superioridade étnica diante de novos grupos populacionais. Utilizando os pensamentos de Charles Darwin, sobre EVOLUCIONISMO, surge o DARWINISMO SOCIAL, e os conceitos de PRIMITIVIDADE E CIVILIDADE. O homem branco europeu se enxerga como “civilizado” (indivíduo dotado de senso civil e de organização social) em contrapartida aos povos “primitivos” (sem noções de civilidade) existentes em outros continentes.
Na distinção entre civilizados e primitivos nasce o conceito de RAÇA: grupo de indivíduos humanos que pertencem a uma mesma característica histórica (grau de civilidade) e a um mesmo patrão fisiológico (cor da pele, tipo de cabelo, formato do crânio, etc.). O preconceito que surge dentro do conceito de RAÇA é, deste modo, o de superioridade do HOMEM BRANCO EUROPEU (que já teria passado por todos as etapas dos processos evolutivos da espécie humana, por isso mais inteligente, mais bonito, mais civilizado).
Antropologicamente, o conceito de RAÇA HUMANA deve ser substituído pelo termo ETNIA (que está ligado a fatores culturais como nacionalidade, origens históricas, identidade tribal, religião, língua, tradições culturais e reivindicações de soberania sobre o território em que vivem).
Portanto, apesar da não existência de bases científicas para classificar biologicamente os seres humanos, as desigualdades sociais existem, devido ao preconceito racial.
A IDENTIDADE CULTURAL de um povo também resulta da maneira como as pessoas se relacionam com o espaço que habitam, ou seja, do modo como organizam esse espaço territorial. Uma nação se apropria dos lugares por meio de práticas culturais, que envolvem sentimento e simbolismo atribuídos a um determinado local.
No caso do Brasil, um território continental, com quase 200 milhões de pessoas, um povo com influências culturais múltiplas, resultante de uma miscigenação racial sim, mas principalmente cultural.

ASSIM TEMOS:
Etnia: Uma etnia ou um grupo étnico é uma comunidade humana definida por afinidades linguísticas e culturais. Estas comunidades geralmente reivindicam para si uma estrutura socialpolítica e um território.
Povo: o povo é o conjunto dos cidadãos de um país, ou seja, as pessoas que estão vinculadas a um determinado regime jurídico, a um estado. Um povo está normalmente associado a uma nação e pode ser constituído por diferentes etnias.
Nação: é um grupo étnico (com língua, religião, costumes e tradição) constituem direito de povo, isto é, tem um território em forma de governo – um Estado.


LEIS NO BRASIL E NO MUNDO:
No Brasil a DISCRIMINAÇÃO PELA DIFERENÇA por si só é CRIME. O RACISMO é um tipo de discriminação.
Em conformidade com as leis internacionais, pautadas pela CONVENÇÃO DE GENEBRA (1973), RACISMO é o ato de se julgar ou praticar desrespeito a um indivíduo por considerá-lo inferior por causa de sua origem étnica ou por sua cor de pele, desde que este julgamento seja realizado por um indivíduo e/ou grupo, historicamente dominante sobre um indivíduo e/ou grupo historicamente subjugado (dominado). Isto significa que atos de racismo só podem ser constatados quando um indivíduo declaradamente branco age preconceituosamente contra alguém pertencente a outro grupo étnico/racial. Quando a ação ocorre de modo invertido, no Brasil é apenas considerado um ato de AFIRMAÇÃO RACIAL, o que não é Crime.
Deste modo, no Brasil só é considerado racismo quando um indivíduo é proibido ou inibido de realizar qualquer ação por ser considerado inapto por causa da cor da pele ou de sua origem étnica. Neste caso é um crime inafiançável, e pode ser punido com detenção de 6 meses a 4 anos.

 Quando a discriminação não impede o indivíduo de realizar normalmente qualquer tipo de ação, quem cometeu o ato responderá pelo crime de INJÚRIA RACIAL e não de RACISMO, que não é inafiançável e gera punição de no máximo 6 meses de detenção, ou conversão para serviços comunitários.

S - Consumo / Consumismo e A Evolução do K

A Evolução do Capitalismo
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

As fases do K ao longo da história podem ser divididas em 3: K Comercial, Industrial e Financeiro.

K Comercial (mercantilista):
- Período de acumulação primitiva de capital, ocorrido na primeira fase do K, logo após as navegações e a conquista, pelos países europeus, de novas terras, para expropriar suas riquezas. Em um segundo momento, após o esgotamento das riquezas de metais e pedras preciosas, inicia-se o desenvolvimento do Sistema de Plantation (latifúndio, trabalho escravo, monocultura);
- Características da DIT: Europa = metrópole / América-África-Ásia = colônias (fornecedoras de matéria-prima para a manufatura e alimentos);

K Industrial:
1ª Revolução Industrial – desenvolvimento da máquina a vapor; Surgimento da teoria Liberal (Adam Smith = laissez-faire).
2ª Revolução Industrial – máquina à combustão – aceleração da produção.
- A necessidade de encontrar uma forma de aumentar a lucratividade com o investimento da acumulação primitiva de capital, o excesso de mão-de-obra nas cidades (com o desemprego no campo) fez o desenvolvimento da indústria uma boa opção para a burguesia européia. Os entraves eram: a mão-de-obra escrava nas colônias (que não consomem) e própria existência de colônias (dificuldade de comercialização das maiores economias industriais – ING, FRA e HOL).  Para resolver foi difundido processo de abolição da escravatura e independência das colônias.
- DIT: Europa = centro / América-África-Ásia: neocolonialismo e imperialismo (agropecuários e extrativistas).
- Ao inibir o desenvolvimento industrial nas neocolônias a burguesia européia, após a 1ªGGM, apropria-se e/ou unificam forças, dando origem a conglomerados industriais: trustes e holdings; passam a controlar setores completos da economia: monopólios e oligopólios; e a desenvolver práticas que desabilitaram a livre-concorrência, como cartéis.

K Financeiro:
Após a 2ª GGM o Mundo, em Guerra Fria, passa a ser dividido em 3: 1º Mundo (k ricos), 2º Mundo (socialistas), 3º Mundo (K pobres); Surge a 3ª Revolução Industrial, acentuada na disputa tecnológica das corridas espacial e armamentista.
O crescimento econômico das empresas capitalistas se acentua com a quebra da URSS e com a conquista do domínio de tecnologias antes pertencentes aos países.
Surgem grandes centros de produção tecnológica nos países ricos, os tecnopólos, ligados à grandes universidades e com investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Para poupar gastos de produção e investir mais em P&D, várias empresas se instalam em países pobres, com recursos materiais e humanos disponíveis, tornando-se multinacionais e/ou transnacionais.
O consumismo passa a ser a base para o novo sistema produtivo da 3ª Revolução Industrial. Por isso, para estimular a aquisição de novos bens o sistema capitalista se consolida baseado em três fatores: investimento em Propaganda e Marketing, Obsolescência Programada e Substituição Tecnológica.
A OMC e a OIT são criadas para pressionar governos afim de garantir desenvolvimento social em áreas de desenvolvimento industrial, através da criação de empresas nacionais de infra-estrutura (siderurgia, transportes, educação, comunicação, saneamento, energia, etc); bem como o fim do trabalho-escravo e infantil.
As novas configurações da economia mundial, e o grande desenvolvimento de alguns países reconfigura a DIT:
Países desenvolvidos/industrializados = ricos do norte; Países subdesenvolvidos/agropecuários = pobres do sul; Países subdesenvolvidos (ou em desenvolvimento) e industrializados (de industrialização tardia) = emergentes.
A DST também ganha novos contornos: a economia passa a desenvolver-se em 5 setores: primário = agropecuário e extrativista; secundário = industrial (transformação e/ou tradicionais); terciário = serviços e comércio; quaternário = produção de conhecimento (tecnologia, p&d); quinário: de valores intelectuais embutidos (marcas, fama, etc).
Nos anos 2000 as empresas especializadas em tecnologia se tornam tão primordiais que reconfiguram o K: hoje tem-se o capitalismo da circulação: de valores, de mercadorias, de informações, de produtos, de doenças, etc..... isso chama-se Globalização (econômica) e Mundialização (cultural).
Graças à pressões internacionais os EMERGENTES conquistam as quebras de patentes (direitos de comercialização) de diversos produtos – medicamentos, produtos tecnológicos, etc).

A base para o crescimento dos emergentes está ligada à a captação de recursos estrangeiros (dólares), concretizado principalmente com o aumento de juros, privatizações, empréstimos junto ao FMI e aumento das exportações.

 SINOPSE: 
Período
Pré- Historia
Idade Antiga
Idade Média
Idade Moderna
Idade
Pós- mod.
Idade
Contemp.
Sistema Econômico
C
E
F
1ª Fase
K
2ª Fase
K
3ª Fase
K
Datas
De 2 milhões até 10 mil anos
De 10 mil anos até 476 d.C.
De 476 à 1453 e/ou 1534.
De 1534 à 1789.
De 1789 até
1945
De 1945 até hoje
Marcos
Surge a escrita
Invasão Bárbara à Roma
Ret. Const. ou
C. de Trento
Revolução Francesa
2ª GGM
Calculo de riqueza e país dominante
Terras
ALE e ITA
Ouro
ING e FRA
Dólares
USA

S - Sociologia da Religião e origens do Terrorismo

A Sociologia da Religião e as origens históricas do “Terrorismo”
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

Vários dos ataques terroristas ocorrentes no mundo são assumidos por grupos terroristas islâmicos fundamentalistas, que utilizam a desculpa da religião para atacar militarmente seus inimigos políticos.
As origens histórias da chamada “Jihad Islâmica – Guerra Santa” tem como base a formação das 3 maiores religiões monoteístas do mundo: O Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo, todas herdeiras de Abraão e, segundo princípios religiosos islâmicos eles formam o verdadeiro POVO DE DEUS na Terra e têm direitos sobre Canaã.
Esses conflitos religiosos se intensificaram com a disputa política pelo território do Oriente Médio (maior região petrolífera do mundo).
Em 1979, os afegãos expulsaram os soviéticos de seu território, mas devido a pressões de Israel, os USA não enviaram a promessa financeira ao Afeganistão.
Graças a essa não-ação dos USA, os Talibãs implantaram no Afeganistão um sistema de governo fundamentalista, surgindo com isso um sentimento de revanchismo contra os estadunidenses. Tal sentimento desenvolveu-se com o apoio financeiro do milionário saudita Osama bin Laden.
A traição estadunidense também gerou revanchismo em outros países islâmicos, principalmente no Irã.
O Irã faz parte do círculo de maior produção petrolífera do mundo, o Golfo Pérsico. Irã, Iraque, Arábia Saudita e Kuwait, são responsáveis por 90% da produção de petróleo no mundo. Sozinhos, os USA consomem 70% do petróleo mundial, o que os tornam dependentes da produção do Golfo.
Em 1979, o Irã passa pela Revolução dos Aiatolás, quando o fundamentalista Aiatolá Khomeini assume o governo, e desregra a cotação mundial de petróleo, e bloqueando o envio do combustível aos USA.
Para contornar a situação, em 1980 os USA resolvem financiar o maior rival do Irã na região. O Iraque, do jovem governante Saddan Hussein aceita uma proposta dos USA, muito parecida com a feita aos Talibãs em 73. Mas para tanto, Saddan exigiu do governo estadunidense o envio de armas químicas, biológicas e nucleares ao Iraque. Os USA aceitaram o acordo.
A Guerra Irã-Iraque durou de 1980 à 88, e ao final dela, mais uma vez, os USA não cumpriram o acordo de envio financeiro para a reconstrução do Iraque no pós-guerra.
Como represália, em 1990 o Iraque invade o Kuwait, e bloqueia a exportação de petróleo para os USA.
Em 18 de janeiro de 1991, os USA comandam 28 nações na desocupação do Kuwait, com o aval da ONU. O episódio ficou conhecido como A Guerra do Golfo. No entanto, o então presidente dos USA, George Bush, foi impedido, pela própria ONU, de invadir o Iraque, o que poderia acarretar em uma guerra de destruição em massa, mediante o perigo das armas de ambos países.


Bases para a 2ª Guerra do Golfo.
Em 2000, após tumultuadas eleições, George W. Bush é eleito Presidente dos USA, sem a maioria total de votos.
Um de seus primeiros atos foi a ordem para a construção de um Escudo Militar nos USA. Essa medida feria o Tratado de Não Proliferação de Armas da ONU. Mediante a insistência do governo estadunidense na idéia de sua vulnerabilidade diante de ações terroristas, a ONU, em julho de 2001, proibiu os USA de continuarem a construção do Escudo.
Em 11 de setembro de 2001, a “vulnerabilidade” dos USA é mostrada em tempo real ao mundo, com os atentados terroristas a Nova Iorque e Washington. Logo após, os USA são surpreendidos com a proliferação de mortes por contato com Antraz em seu território.
Com a prova de que estava certo, George W. Bush investe na retaliação ao Afeganistão e consegue importante vitória na ONU – a permissão para a retomada da produção bélica.
Com duas bases importantes no Oriente Médio: Kuwait e Afeganistão, em 2002 o governo de Bush lista os países que ameaçam a paz mundial, devido seu suposto apoio a movimentos terroristas: Irã, Iraque e Coréia do Norte. Coincidentemente dois dos maiores produtores de petróleo do mundo e o único país que não aceita, declaradamente, as investimentas estadunidenses no mundo, respectivamente.
No entanto, suspeitas que recaem sobre a veracidade dos atentados ao país em 2001, e o fato da família Bush estar diretamente envolvida com poços de petróleo no Texas, levam diversos especialistas a acreditarem que o conflito serve de pretexto para que os USA possam controlar as reservas de petróleo do Oriente Médio, o que seria crucial para que o país mantivesse sua supremacia no mundo devido a ameaça de ascensão da UE, que anexará outros 10 países este ano.
Com a chamada “Segunda Guerra do Golfo”,  ocorreu contra o governo de Saddan Hussein no Iraque. Em março de 2003, uma coalizão de países liderada pelos EUA e pelo Reino Unido invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos EUA, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição em massa e deter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após sua captura em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. Em 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas ao assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada em 30 de dezembro de 2006.
Após a conquista do Iraque, o governo estadunidense partiu para uma nova investida no Oriente Médio, a chamada Guerra ao Terror, que tem como base, destituir governos não democráticos em países árabes (muitos deles que apoiavam grupos terroristas) e, consequentemente, a implantação do sistema capitalista no mundo árabe.
Em 1 de maio de 2011, dez anos desde os atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar estadunidense em Abbottabad. Seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados Unidos e sido sepultado no mar após passar por rituais tradicionalmente islâmicos.
Seria esse o fim da Guerra ao Terror, que muitos especialistas garantem se tratar da 3ª GGM?

PRIMAVERA ÁRABE:
Os protestos no mundo árabe em 2010-2012, também conhecidos como a Primavera Árabe, são uma onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até hoje, tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia;
Grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque,  Jordânia,  Síria, Omã e Iémen e protestos menores no Kuwait, Líbano,  Mauritânia,  Marrocos Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental. 
Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook,Twitter e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional em face de tentativas de repressão e censura na Internet por partes dos Estados.
Pesquise por país em http://topicos.estadao.com.br/ (nome do país).
Em 2013 destacaram-se os conflitos na Síria. Uma parte do povo sírio (asilados políticos palestinos, em sua maioria, ou da etnia curda, todos religião sunita – ou ainda uma pequena minoria cristã ortodoxa) quer a saída de Bashar Al-Assad, um ditador que comanda o país desde 2000, ou seja, há mais de 13 anos. Ele recebeu o cargo de seu pai, que ficou no poder por mais de 30 anos e governa o país apenas para uma parte da população que o apoia. Em 2007 foi candidato único à presidência e teve aprovação de 97% da população com direitos políticos (20% do total). Em 2011 uma série de protestos contra seu governo foram organizados pela população, que exige democracia. O governo de Al-Assad os considera “rebeldes”, e passa a atacar militarmente regiões do país onde a população não apoia seu governo. Esses “rebeldes” conseguiram formar milícias de resistência, com apoio bélico dos USA. Em agosto de 2013 Al-Assad usou armas químicas em vários ataques militares. Com a denúncia feita pela ONU e pela Cruz Vermelha, foi convocado, pelos USA, o Conselho de Segurança da ONU, que em setembro votou a favor do ataque ao país, por infringir a Convenção de Genebra. No entanto 2 países nucleares votaram contra: RUS e CHI. Assim começam empasses sobre o ataque ou não. Enquanto tropas da OTAN ocupam o mediterrâneo, China retira-se das negociações de RUS e USA ficam por mais de 2 meses em negociações diplomáticas. Após ultimato ao governo sírio, em novembro o ditador decide entregar seu arsenal químico. Inspetores da ONU vão ao país e destroem quase todo o arsenal. Esta semana (abril/2014) o ditador aceitou novo acordo com a RUS para entregar os últimos 8% de armas que ainda possui.


ISRAEL X PALESTINOS
Ao formar-se o Estado de Israel em 1948, a população árabe local foi expulsa e teve de se refugiar em outros países, como a Jordânia, o Egito, a Síria e o Líbano. A esse grupo de refugiados políticos, despatriados, convencionou-se denominar PALESTINOS. Desde então, buscam o direito de também terem constituído um país próprio, o Estado da Palestina. Mas as constantes invasões israelenses a outros países árabes, para a sua expansão territorial não tem permitido a PAZ.
Principais conflitos entre árabes e israelenses – pós formação de Israel (1948);
- Guerra de Suez (1956): envolveu FRA e ING (que tentaram recuperar parte dos antigos territórios coloniais), o Egito (aliado dos palestinos) e os USA (apoiando interesses de Israel
- Guerra dos Seis dias (1967): os palestinos com o apoio de Egito, Jordânia e Síria tentou resistir ao avanço territorial de Israel que anexou também terras do Egito (Sinai e Faixa de Gaza), da Jordânia (Cisjordânia) e Síria (Colinas de Golan);
- Guerra de Yom Kippur (1973): nova vitória israelense (conseguiram acordo com Egito e Jordânia), devolveu a península de Sinai e evitou a fundação do Estado Palestino.
- Criação da faixa de segurança (1978): O Líbano abrigou palestinos refugiados da Jordânia. Foi criada uma faixa de segurança para prevenir ataques de guerrilheiros à territórios israelenses (1985). Foram milhares de mortos de ambos os lados. Em 2000 Israel retirou suas tropas do sul do Líbano
- A Síria é o único país ocupado que ainda não selou acordos de paz com Israel.


Principais grupos “Terroristas” da atualidade:
- Al-Qaeda: Com nome que significa “a base” em árabe, essa é a organização terrorista mais conhecida do mundo, sobretudo em razão dos atentados às torres do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. Ela é majoritariamente composta por muçulmanos fundamentalistas e tem por objetivo erradicar a influência ocidental sobre o mundo árabe. Foi criada em 1980 para defender o território do Afeganistão contra a URSS, que buscava expandir o domínio socialista sobre o país. Inicialmente essa organização contava com o apoio dos EUA, mas rompeu relações com esse país no início da década de 1990. São unidos aos Talibãs (universitários) que é um grupo político que atua no Paquistão e no Afeganistão, também preocupado com a aplicação das leis da sharia. O grupo comandou o Afeganistão desde 1996 até 2001, quando os EUA invadiram o país após os atentados de 11 de setembro. Com a retirada das tropas estrangeiras, o grupo vem fortalecendo-se e retomando o controle de boa parte do território afegão.

- Boko Haram: o significado do seu nome é “a educação não islâmica é pecado”, sendo às vezes traduzido também como “a educação ocidental é pecado”. O Boko Haram é também uma organização antiocidental que objetiva implantar asharia (lei islâmica) no território da Nigéria. Ela foi fundada em 2002, mas ganhou notoriedade maior em 2014 com o sequestro de centenas de jovens, além de uma série de atentados que resultou em uma grande quantidade de mortes. Os atentados mais radicais iniciaram-se em 2009, quando o então líder e fundador, Mohammed Yusuf, foi assassinado pela polícia nigeriana.
- Hamas: apesar de não ser considerado como um típico grupo terrorista por alguns analistas, o Hamas — sigla em árabe para “Movimento de Resistência Islâmica” — é temido pela maioria das organizações internacionais e Estados, sendo por isso classificado como tal. Ele atua nos territórios da Palestina, tendo como objetivo a destruição do Estado de Israel e a consolidação do Estado da Palestina. O seu braço armado é uma frente chamada de Al-Qassam, além de configurar-se também como um partido político que, inclusive, venceu as eleições em 2006 e que hoje controla a Faixa de Gaza. Países apoiadores do Hamas, como Turquia e o Qatar, não consideram o grupo como uma entidade terrorista, mas sim uma frente política legítima.
- Estado Islâmico (EIIS): o Estado Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS) é um grupo terrorista jihadista que age nos dois referidos países, tendo surgido em 2013 como uma dissidência da Al-Qaeda, inspirando-se nesse grupo. O seu líder é Abu Bakr al-Baghdadi, que liderou a Al-Qaeda no Iraque em 2010 e que havia participado da resistência à invasão dos Estados Unidos ao território iraquiano em 2003. O objetivo do EIIS é a criação de um emirado islâmico abrangendo os territórios da Síria e do Iraque.


Instituições da ONU
Assembléia Geral: reúne todos os países associados e constitui o órgão mais importante;
Conselho de Segurança: tem a missão de manter a paz e a segurança mundial e que toma decisões sobre conflitos entre países;
Secretaria Geral: administra a instituição e executa os programas e políticas elaboradas pela entidade;
Conselho Econômico e Social: é o responsável pelos programas sociais e econômicos;
Corte Internacional de Justiça: julga as disputas entre os países.

Também fazem parte da ONU a UNESCO, a OMS, a OIT, o BIRD (BM) e o FMI.