CAPITALISMO DE FLUXOS
Na década
de 70 houve a implantação de multinacionais em países subdesenvolvidos, ao
passo que países desenvolvidos passam a investir em tecnologia. As
multinacionais retornam parte de seu lucro aos países de origem para investir
em tecnologia.
A
exportação de produtos industrializados possibilita uma melhoria na Balança
Comercial dos países subdesenvolvidos.
Países
industrializados criam junto a ONU (através da OMC) as leis de Patentes,
exigindo royalties pela produção tecnológica. Além disso, para impedir a fuga
de capital, passam a oferecer subsídios: na produção industrial, na
agricultura, nos impostos sobre terrenos de instalação, no investimento em
P&D.
Nas
décadas de 80 e 90 muitas multinacionais abrem seus capitais para aumentar o
investimento especulativo em tecnologia; Surgem muitas empresas financeiras e
há um grande crescimento de empresas exclusivamente tecnológicas (comunicação,
informacional, tecnologia de ponta).
A Bolsa de
Valores de Nova York não suporta controlar a economia das novas empresas
tecnológicas. Surge a NASDAQ, especializada em tecnologia, e a economia
capitalista passa a ser dividida em duas: A Velha Economia (indústrias de
automóveis, tabaco, Cias de petróleo, bens e consumo, etc.), e a Nova Economia
(computadores, informática e telecomunicações).
Na década
de 2000 há um grande crescimento do turismo, do setor terciário e das
telecomunicações causa um “BUM” econômico aos emergentes: passam a ter maior
poder econômico e buscam ter maior poder político no mundo. Exigem quebra de
patentes, fim de subsídios em países industrializados, participação nas
decisões políticas no mundo (como vagas definitivas no Conselho de Segurança da
ONU).
Brasil,
Índia e China, juntos, têm quase metade da população mundial e grande extensão
territorial. Passam a oferecer subsídios também, o que aumenta o
desenvolvimento industrial (tanto em industrias de transformação como em
industrias tecnológicas). Outro grande desenvolvimento é o da Agroindústria.
Passam a oferecer juros altos na economia, atraindo capital especulativo
estrangeiro, atraindo dólares e acelerando o consumo interno com a facilitação
de crédito.
Outro
fator determinante do período é a evolução dos meios de transporte, mais
eficientes e baratos, possibilitando um maior fluxo de pessoas pelo mundo.
Essa nova
fase do capitalismo (globalização econômica) se desenvolve em torno dos fluxos:
de pessoas, de capitais e de mercadorias (facilitados por acordos econômicos
independentes e produção industrial descentralizada, juntamente com o
surgimento de blocos econômicos sólidos, como a U.E., o Mercosul e a Nafta).
O comércio
como centro no capitalismo se desenvolve através de uma hierarquização do
crescimento urbano (urbanização): centros regionais, metrópoles regionais e
metrópoles nacionais.
CONCEITOS:
1) Metrópoles: grandes cidades em número populacional e de desenvolvimento
(industrial, comércio, serviços, etc), com um roll de cidades vizinhas que
servem de dormitório e a utilizam como base produtiva – Ex. Campinas, Curitiba,
Belo Horizonte, etc.);
2)
Megalópoles:
regiões superurbanizadas que criam um eixo de relações de capitais, de pessoas,
de informações e de mercadorias – Ex. o
eixo Rio-SP, a primeira megalópole da América do Sul;
3)
Megacidades:
Cidades gigantes, com grande contingente populacional mas sem muita influência
econômica no mundo – Ex: Lagos (Nigéria), Dacca (Bangladesh) e Karachi
(Paquistão);
4) Cidades Globais: não envolve o número de habitantes mas leva em conta a
economia, os serviços, a rede financeira, as telecomunicações e a produção de
conhecimento. Ex. Tóquio, Londres, Nova York, São Paulo, Cingapura, Cidade do
México. (Muitas Cidades Globais também são Megacidades).
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