terça-feira, 2 de setembro de 2014

Filo - Arte

A ARTE E A FILOSOFIA

Quando falamos em ARTE pensamos em vários estilos artísticos: música, dança, pintura, grafite, poesia, cinema, etc.
Existe uma classificação oficial dos gêneros artísticos no mundo.
1 – MÚSICA (Som);
2 – DANÇA (Coreografia);
3 – PINTURA (Cor);
4 – ESCULTURA (Volume);
5 – TEATRO (Representação);
6 – LITERATURA (Palavra);
7 – CINEMA;
8 – FOTOGRAFIA;
9 – BANDA DESENHADA;
10 – JOGOS DE COMPUTADOR E DE VÍDEO;
11 – ARTE DIGITAL (2D, 3D, Programação).

A palavra ARTE vem do Latim: habilidade, técnica.
Como Conceito, tem-se: é a manifestação humana estética e comunicativa realizada através da percepção das emoções e das idéias.
Destrinchando este conceito temos:
Ø  A arte é uma MANIFESTAÇÃO, isto é, pode ser realizada para expressar algo a outro alguém ou puramente para atender aos interesses pessoais do artista;
Ø  Estética: se faz da necessidade de seguir certos “padrões” do que seja “belo” ou “correto” (sempre da visão do artista);
Ø  Comunicativa, através da percepção das emoções e das idéias: para o artista sua obra sempre tem um significado, um destino, e cabe ao espectador compreender ou não seus conceitos.
Desde modo, podemos afirmar que a ARTE tem como OBJETIVO estimular a consciência do espectador.
O que será exposto pelo artista e o que será enxergado pelo espectador de uma obra de arte pode variar, dependendo de quais sejam seus referenciais artísticos, isto é, de qual sua visão de arte, seus modelos culturais (costumes, hábitos, educação, herança).
Neste sentido, podemos dizer que há basicamente 2 tipos de CULTURA ARTÍSTICA:
a) CULTURA DE MASSA: popular. Consiste em padrões culturais comuns a um determinado grupo, atingindo uma grande proporção social, pois na exigem padrões estéticos refinados;
b) CULTURA ERUDITA: elitizada. Caracterizada por padrões estéticos mais refinados, que exige do espectador uma maior visão de mundo (cultural e educacional);
Além do modelo de padrão cultural que temos (popular ou erudito) o que faz uma OBRA DE ARTE é a representação que ela faz da realidade. Neste aspecto a Obra de Arte pode ser ABSTRATA OU CONCRETA.
ABSTRAÇÃO: Consiste em uma representação figurada da realidade, da forma que o artista vê e a sente, nem sempre igual à forma observada pelo espectador;
CONCRETISTMO: Consiste na representação descritiva da realidade vivenciada, ou seja, da forma que ela é, sem distorções.
O que vai determinar se uma Obra de Arte é concreta ou abstrata é seu referencial: do ponto de vista do Artista ou do ponto de vista do Espectador.
Para o ARTISTA: Cabe a ele ter ATITUDE POÉTICA, ou seja, ser capaz de expressar com fidelidade seu sentimento através de sua Obra;

Para o ESPECTADOR: Ter um modelo popular ou erudito de cultura, que o tornará capaz ou não de compreender a Atitude Poética do artista. Exemplo: um indivíduo erudita pode não compreender como arte uma exposição de grafite nos muros de uma escola, assim como um indivíduo popular pode não ver sentido em um Ópera.

HISTÓRIA DA ARTE
E CONCEITOS PRIMORDIAIS QUE SE RELEVARAM DURANTE A HISTÓRIA DA HUMANIDADE NAS ÁREAS ARTÍSTICAS, POLÍTICAS E FILOSÓFICAS.

- História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização.

- ARS (latim) = técnica ou habilidade

- 3 conceitos para a construção: PERCEPÇÃO, EMOÇÃO E IDÉIAS.
PERCEPÇÃO:
Na percepção da obra de arte, o reconhecimento pode corresponder a um conjunto de sinais ou convenções que nos habituámos a experimentar, os quais entendemos como sendo o seu suporte: a tela, o livro, o espaço museológico ou de exposição, a presença do instrumento que solta sons, etc. Este tipo de reconhecimento processa-se a um nível que se pode classificar de primário, tal como quando percebemos que estamos perante um rosto: «possui olhos, nariz e boca, portanto é um rosto». Neste nível primário de percepção (dura uma fração de segundo?) não se diz «esta pessoa está triste» porque essa afirmação corresponde a um nível posterior (na fração de segundo seguinte?). Por comparação, parece óbvio que o facto de estarmos perante uma tela coberta de tinta não significa necessariamente a vivência de uma experiência artística, ou a presença de uma obra de arte. É como se no ato de reconhecer estes sinais primários se operasse uma instantânea alteração da atitude mental do observador e este ficasse mais atento: «isto é um quadro e pode, portanto, tratar-se de arte». A função do reconhecimento a este nível é simplesmente a de “porta”, uma espécie de convite à percepção de outra realidade.

EMOÇÃO:
O ponto de partida para todos os sistemas da estética tem de ser a experiência pessoal de uma emoção peculiar. Aos objetos que provocam tal emoção chamamos obras de arte. Qualquer pessoa sensível concorda que há uma emoção peculiar provocada pelas obras de arte. Não quero dizer, claro, que todas as obras de arte provocam a mesma emoção. Pelo contrário, cada obra de arte produz uma diferente emoção. Mas todas essas emoções são reconhecivelmente do mesmo tipo; de qualquer maneira, esta é, até agora, a melhor opinião. Que existe um tipo particular de emoção provocado por obras de arte visual e que essa emoção é provocada por todos os tipos de arte visual, por pinturas, esculturas, edifícios, peças de cerâmica, gravuras, têxteis, etc., etc., não é disputado, penso eu, por ninguém capaz de a sentir. Esta emoção é chamada emoção estética, e se pudermos descobrir alguma qualidade comum e peculiar a todos os objetos que a provocam, teremos resolvido o que considero ser o problema central da estética. Teremos descoberto a qualidade essencial numa obra de arte, a qualidade que distingue as obras de arte de outras classes de objetos.


 IDÉIAS:
Consiste na capacidade de CRIAÇÃO, CRIATIVIDADE. Criação é a condição necessária da existência e tudo que ultrapassa os limites da rotina deve sua origem ao processo de criação do homem e que a obra de arte reúne emoções contraditórias, provoca um sentimento estético, tornando-se uma técnica social do sentimento. A palavra criatividade vive cercada de significados, alguns pertinentes, como “ideias inovadoras”, “expressão artística”, “algo inédito”, “uma informação diferente” (que não tínhamos), “uma solução de um problema” (até então insolúvel), ou “um processo novo para se atingir um objetivo”. Outros significados são mesmo impertinentes, e como sugere o termo, nos incomodam, deixam-nos desconfortáveis, como “uma viagem com falta de contato com a realidade”, “coisas descomprometidas, até irresponsáveis”, “elucubrações de gente maluca”, “fuga (intencional ou não) da realidade”, “perda de tempo com coisas que não servem para nada”

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