CULTURA
Cultura significa cultivar,
e vem do latim colere.
Genericamente a cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os
hábitos e aptidões adquiridos
pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade
como membro dela que é.
Cada país tem a sua própria cultura,
que é influenciada por vários fatores. A cultura brasileira é marcada pela boa
disposição e alegria, e isso se reflete também na música, no caso do samba, que
também faz parte da cultura brasileira. No caso da cultura portuguesa, o fado é
o patrimônio musical mais famoso, que reflete uma característica do povo
português: o saudosismo.
Cultura também é definida em ciências
sociais como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas
sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade. Seria a
herança social da humanidade ou ainda de forma específica, uma determinada
variante da herança social. Já em biologia a cultura é uma criação especial de
organismos para fins determinados.
A principal característica da cultura é
o mecanismo adaptativo que é a capacidade, que os indivíduos tem de responder
ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais até que possivelmente uma
evolução biológica. A cultura é também um mecanismo cumulativo porque as
modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, onde vai se
transformando perdendo e incorporando outros aspetos procurando assim melhorar
a vivência das novas gerações.
A cultura é um conceito que está sempre
em desenvolvimento, pois com o passar do tempo ela é influenciada por novas
maneiras de pensar inerentes ao desenvolvimento do ser humano.
CONCEITOS:
Etnia: Uma etnia ou um grupo étnico é uma
comunidade humana definida por afinidades linguísticas e culturais. Estas
comunidades geralmente reivindicam para si uma estrutura
social, política e um território.
Povo: o povo é
o conjunto dos cidadãos de um país, ou seja, as pessoas
que estão vinculadas a um determinado regime jurídico, a um estado. Um povo
está normalmente associado a uma nação e pode ser constituído por
diferentes etnias.
Nação: é um grupo étnico (com língua,
religião, costumes e tradição) constituem direito de
povo, isto é, tem um território em forma de governo – um Estado.
ÁFRICA
Durante
séculos o que o “mundo” conhecia do continente africano eram os territórios que
ficavam ao norte do Deserto do Saara, conhecida como África do Norte, hoje, África Branca. Isso porque ao norte encontramos uma organização sócio-econômica
muito semelhante à do Oriente Médio, formando um mundo islamizado. Ao sul temos a
chamada África subsaariana ou África
Negra, assim denominada pela predominância nessa região de povos de pele escura e olhos castanhos.
A diversidade étnica desta
região de África é patente nas diferentes formas de cultura, incluindo as línguas, a música, a arquitetura, a religião, a culinária e a indumentária dos
diferentes povos do continente.
A maioria da população pertence a etnias anteriormente
classificadas na "raça negra", mas que hoje são classificadas pelo
seu grupo lingüístico. A África é
provavelmente a região do mundo onde a situação lingüística é a mais
diversificada (com mais de 1000 línguas catalogadas).
O
continente africano é palco de uma série de conflitos, conseqüência da
intervenção colonialista, principalmente no fim do século XIX e início do
século XX. Esse processo de intervenção interferiu diretamente nas condições
políticas, econômicas e sociais da população africana.
As
primeiras investidas coloniais já no século XVI ocorreu com Portugal, que
acabou se limitando à exploração de mão-de-obra escrava negra.
Pelas
resoluções do Tratado de Tordesilhas o continente africano ficaria sob os
domínios lusitanos. No entanto duas razões inviabilização a colonização do novo
continente naquele momento: as riquezas já conquistadas pelo colonizador em
outras colônias (as Índias) e a dificuldade de adentrar o território tanto para
exploração extrativista como para o desenvolvimento de plantation.
No
início do século XIV Portugal, endividada com a Inglaterra, resolveu facilitar
a tomada do território pelos ingleses.
A
partir de 1815 a França passou a conquistar territórios no continente pelo
Norte (com o apoio da Legião Estrangeira). A Inglaterra, em contrapartida,
fazia a mesma investida pelo Sul. Em 1870 chegaram a iniciar conflitos diretos
pela disputa do continente. Em 1885 foi assinado o Tratado de Berlim, conhecido
como “A Partilha da África”, onde vários países europeus dividiram “à régua” o
Continente todo.
A
divisão territorial do continente teve como critério apenas os interesses dos
colonizadores europeus, desprezando as diferenças étnicas e culturais da
população local. Diversas comunidades, muitas vezes rivais, que historicamente
viviam em conflito, foram colocadas em um mesmo território, enquanto grupos de
uma mesma etnia foram separados.
Após a
Segunda Guerra Mundial, ocorreu um intenso processo de independência das nações
africanas. Porém, novos países se formaram sobre a mesma base territorial
construída pelos colonizadores europeus, desrespeitando a cultura e a história
das comunidades, conseqüentemente inúmeros conflitos étnicos pela disputa de
poder foram desencadeados no interior desses países.
Outro
fator agravante para o surgimento desses conflitos na África se refere ao baixo
nível socioeconômico de muitos países e à instalação de governos ditatoriais.
Durante a Guerra Fria, que envolveu os Estados Unidos e a União Soviética,
ocorreu o financiamento de armamentos para os países africanos, fornecendo
aparato técnico e financeiro para os distintos grupos de guerrilheiros, que
muitas vezes possuíam – e ainda possuem – crianças que são forçadas, através de
uma manipulação ideológica, a odiarem os diferentes grupos étnicos.
São
vários os conflitos no continente africano; o que é pior, muitos deles estão
longe de um processo de pacificação. A maioria é motivada por diferenças
étnicas, é o que acontece em Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e
Somália, por exemplo. Outros por disputas territoriais como Serra Leoa, Somália
e Etiópia; questões religiosas também geram conflitos, é o que acontece na
Argélia e no Sudão. Além de tantas políticas ditatoriais instaladas, a que teve
maior repercussão foi o apartheid na África do Sul – política de
segregação racial que foi oficializada em 1948, com a chegada ao poder do Novo
Partido Nacional (NNP). O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas,
além de não poderem adquirir terras na maior parte do país, obrigando os negros
a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento
geográfico.
Deve-se
haver a intervenção de organismos internacionais para que esse e outros
problemas do continente africano (aids, fome, economia, saúde, etc.) sejam
amenizados, pois esse processo é consequência das políticas colonialistas dos
países desenvolvidos, que após sugarem a riqueza desse povo, abandonaram o
continente, deixando uma verdadeira mazela.
O continente africano tem hoje cerca de 889 milhões de habitantes,
dos quais 500 milhões vivem na África subsaariana. Essa população tem um
crescimento populacional na ordem dos 2,5% ao ano.
Esse crescimento elevado da população tem criado
duas preocupações muito sérias:
A) a predominância de jovens na população
determina a necessidade de elevados investimentos sociais em escolas,
alimentação e tratamento médico;
B) a pressão demográfica, aliada ao baixo nível
técnico da produção agropecuária, à introdução de culturas de rendimento para
exportação e à urbanização no século XX, tem gerado graves desequilíbrios econômicos e
sociais.
De forma geral, a população da África Negra
apresenta os piores indicadores sócio-econômicos do mundo. Enquanto nos países
desenvolvidos a população morre, em média, com uma idade superior a 70 anos,
nessa parte do mundo raramente a média ultrapassa os 45 anos. Essa expectativa
média de vida tão baixa é explicada por inúmeros fatores, tais como a má
nutrição, falta de assistência médica e ausência de saneamento básico nos meios rurais.
Acordos e
Organizações Político-Econômicas pós-guerra
-
Carta do Atlântico (1941): Estipulava o fim colonização afro-asiática,
reconhecia a autodeterminação dos povos. Foi confirmada pela Conferência de
Bandung (Indonésia) em 1955;
-
ONU (Organização das Nações Unidas), em 1945;
-
Liga Árabe (1945): Lutava pela independência dos países da África Branca
e Oriente Médio;
-
Israel (fundação do Estado de Israel) em 1948;
-
Acordo de Genebra (1954): legitimava a independência de colônias
francesas na Ásia;
-
OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), 1949;
-
Pacto de Varsóvia, em 1955;
-
OLP (Organização para a Libertação da Palestina), em 1964.
-
Convenção de Genebra em 1973;
Descolonização
Africana
Iniciada no pós 1ª GGM –
Egito e África do Sul;
Em 1941 é determinado o fim
da escravidão no continente;
São firmados vários acordos
de desocupação do continente após a 2ª GGM;
Grupos étnicos locais
passam a disputar o controle político em diversos países – Guerras Civis e
Genocídio;
Na África do Sul a
população branca promove o maior movimento de segregação racial da história – o
Apartheid.
Países com guerra civil:
Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália;
Países com disputas
religiosas: Serra Leoa, Somália, Etiópia,
Argélia e Sudão;
HOJE: A população da África
Negra apresenta os piores indicadores sócio-econômicos do mundo.
AMÉRICA
A colonização da América foi inicialmente povoada por povos indígenas, durante milhares de anos desenvolveram-se civilizações por todo o continente, tal como os maias, os astecas e os incas,
entre outros. Apesar de os vikings terem explorado e estabelecido bases nas costas da América do Norte a
partir do século
X, estes exploradores aparentemente não colonizaram a América,
limitando-se a tentar controlar o comércio de peles de animais e outras mercadorias da região.
Os europeus,
iniciaram a colonização da América depois da sua descoberta que resultou da procura de uma rota marítima
para a Índia, que
era a fonte da seda e das especiarias,
produtos que tinham um grande valor comercial no “velho continente”. Ao
navegarem para oeste, encontraram o “Novo Mundo”.
Existem várias teorias sobre os primeiros povoamentos
da América. Uma das teorias defende que, durante a última glaciação, existia uma
ponte de terra no Estreito de Bering,
outra que a América foi colonizada por mar por tribos polinésias.
A colonização ibérica, inicialmente, foi muito parecida, principalmente
porque Portugal e Espanha eram as nações, que na altura, dominavam o mundo, tendo-o dividido com o Tratado de Tordesilhas. A América foi
oficialmente descoberta, excetuando as descobertas vikings, pelos europeus, em 1492, por Cristóvão Colombo, numa tentativa de chegar ao Oriente.
Mais uma vez, foi assinado um novo tratado, o Tratado de Tordesilhas, pois a zona descoberta por Espanha,
ficava na zona portuguesa, que estabelecia os territórios portugueses a menos
de 370 léguas (1.770 km a oeste de Cabo
Verde e os
espanhóis para além desse meridiano. Em 1500,Pedro Álvares Cabral descobriu
o Brasil,
localizado na zona portuguesa, segundo o novo tratado, também numa tentativa de
chegar à Índia por mar, caminho que já tinha sido realizado anos antes por Vasco
da Gama.
A visão eurocêntrica de PRIMITIVIDADE E CIVILIDADE foi amplamente
utilizada pelos colonizadores para dominação das populações indígenas nativas.
Acredita-se que o total de indígenas no continente quando da chegada do europeu
era superior à 200 milhões. Compunham aproximadamente 2.500 tribos (línguas
diferentes) agrupadas entre 13 e 18 grandes grupos nativos. Estes povos pré-colombianos alcançaram um
elevado grau de desenvolvimento econômico, social e cultural até a chegada dos
europeus à América. Tinham uma sociedade bem organizada e viviam de forma
harmônica com a natureza. Tinham
uma religião politeísta e chegaram a formar impérios grandiosos, como os Maias,
Incas e Astecas. Com a chegada dos europeus à América, a partir do final do
século XV, perderam suas terras, foram explorados e perderam seu maior bem: a
identidade cultural.
No Brasil os principais grupos indígenas eram os
Tupi-Guarani, os Macro Jê e os Aruaques.
Esses povos foram muitas vezes dizimados pelo HOMEM BRANCO
EUROPEU.
Hernán Cortez, no México, Francisco Pizarro e Diogo Almagro,
no Peru, foram os conquistadores espanhóis que, devido à violência e extensão
de suas conquistas, marcaram mais fortemente o inicio do processo de
colonização dos territórios espanhóis na América.
Efetuada a conquista, a exploração de ouro e principalmente
de prata passou a ser o eixo da colonização espanhola, durante os séculos XVI e
XVII. México, Peru e Bolívia respondiam pela produção de metais preciosos,
enquanto, simultaneamente, outras regiões se integravam ao
sistema econômico colonial como de animais de tração,como mulas, e produtoras
de tecidos (Argentina), entre outras. A produção colonial foi organizada a
partir da exploração da mão-de-obra indígena. Uma das formas de utilização dos
nativos era a mita, pela qual os indígenas eram tirados de suas comunidades
para trabalhar nas minas por um prazo determinado e sob um pagamento irrisório.
Esse método, fundado numa instituição incaica adaptada pelos espanhóis, foi
utilizado especialmente nas minas de prata de Potosí, e acabou por arruinar a
estrutura comunitária, culminando com o extermínio da população indígena.
A encomienda, sistema mais usado, consistia na exploração dos
nativos como servos nos campos e na minas. A coroa encomendava a captura de
indígenas a um intermediário- o encomendero – e os distribuía aos
colonizadores, que recebiam o índio como seu servo. A servidão era justificada
como um pagamento de tributos, feito pelos índios em forma de serviços, por
receberem proteção e educação cristã.
Com a desculpa da necessidade de civilizar as populações nativas por
meio da fé cristã, foram utilizadas as práticas da Companhia de Jesus.
As missões jesuíticas na América, também chamadas de reduções, foram os aldeamentos indígenas organizados e administrados pelos padres jesuítas no Novo
Mundo, como parte de sua obra de cunho civilizador e evangelizador. O objetivo principal das missões jesuíticas foi o de criar uma sociedade com os benefícios e qualidades
da sociedade cristã européia, mas
isenta dos seus vícios e maldades. O que foi considerado utopia, já que na
prática as missões tiveram outro propósito: aprisionamento, conversão, e, por
vezes, extermínio de indígenas.
O sistema missioneiro buscou introduzir o Cristianismo e um modo de vida europeizado, integrando, porém, vários dos valores
culturais dos próprios índios, e estava baseado no respeito à sua pessoa e às
suas tradições grupais, até onde estas não entrassem em conflito direto com os
conceitos básicos na nova fé e da justiça. O mérito e a extensão do sucesso
dessa tentativa têm sido objeto de muito debate entre os historiadores, mas o
fato é que foi de importância central para a primeira organização do território
e para o lançamento das fundações da sociedade americana como hoje ela é
conhecida.
De um modo geral a ação jesuíta na América promoveu a chamada
ACULTURAÇÃO INDÍGENA.
A aculturação é o conjunto de fenômenos que resultam de
um contato contínuo e direto entre grupos de indivíduos de culturas diferentes
e que provocam mudanças nos modelos culturais iniciais de um dos dois grupos. Assim a evangelização indígena, foi um
dos fortes fatores para a aculturação do índio e sua consequente perda de identidade, pois foram
obrigados a modificar seus hábitos, costumes e religiosidade. Por outro lado, a evangelização indígena
também promoveu a ASSIMILAÇÃO CULTURAL, que é o ajustamento social, onde indivíduos ou grupos diferentes tornam-se mais
semelhantes.
Assim pode-se dizer que o índio perdeu
características de sua cultura para incorporar a cultura do europeu.
Não se sabe quantos grupos indígenas existiam no Brasil quando se
iniciou a conquista européia. Sabe-se entretanto que a população aborígine
decresceu desde então rapidamente e não deixou de diminuir até hoje. Basta
dizer que no ano de 1900 O número de grupos tribais no Brasil era de duzentos e
trinta; entretanto, em 1957 era somente de cento e quarenta e três. Em. apenas
57 anos, portanto, desapareceram. 87 grupos tribais .
Se no Brasil fazer este cálculo é quase impossível, por todo o
continente é improvável que se tenha cálculos realistas, sabe-se apenas que as
populações de grupos que se declaram índio são muito reduzidas.
INDIAS
Inicialmente, a Índia era constituída por três etnias:
negros (Dravidianos), orientais (mongóis) e brancos (caucasianos).
Posteriormente, outros povos lá estiveram em vários períodos de sua longa
história. Deve-se a isso a grande tolerância religiosa existente
no país, uma
vez que o povo está acostumado a conviver com uma enorme diversidade cultural,
que inclui diferenças até mesmo nas línguas (que são realmente muitas).
A cultura indiana antiga dividia a sociedade em quatro categorias de ofícios e quatro de idades. Esse sistema tem o nome de Sanatana
Dharma. Tal aspecto cultural gerou diversas distorções na sociedade
contemporânea e, apesar de oficialmente banido, continua sendo infamente
praticado.
O sistema de castas na
Índia é caracterizado por divisão social por origem e hereditariedade. São 5:
Brâmanes – sacerdotes e nobreza (menos de 1% da população); Xátrias – antigos
guerreiros que hoje controlam a mídia, as indústrias tecnológicas e a política
(2,5% da população). Vaixás : comerciantes e prestadores de serviços (6% da
população); Sudras – trabalhadores braçais (15% da população) e os Dalits:
impuros e que desenvolvem os piores trabalhos (mais de 75% da população).
Os indianos, apesar das diversidades como linguagem, arte, música e
cinema, são extremamente ligados à nação e aos ancestrais, o que os torna uma
sociedade muito tradicional.
A Constituição de 1950 tornou o hindi,
escrito em ortografia devanágari, a língua
oficial do
país e enumerou as 15 línguas oficiais regionais: indi, kanara, caxemira, malaiala, marathi, oriya, pendjabi, sânscrito, sindhi,tâmil, telugu, urdu, assamês, bengali, gujarati (ou gujerat),. No entanto, o hindi
encontrou uma certa resistência, particularmente nos Estados do sul e em
Bengala, o que conduziu à manutenção do inglês como segunda língua
privilegiada, de elite, que permite os contatos internacionais e a obtenção dos
melhores empregos.
As Índias não foram um país unificado até a chegada do colonizador
europeu.
A história da Índia teve
início aproximadamente em 3300 a.C., quando a primeira civilização urbana se
formou nos arredores do vale no Rio Indu, que origina o nome do país.
Por volta de 1500 a.C., a Índia foi invadida pelas tribos árias, povos
nômades, vindos provavelmente do Irã, que ocuparam a região, dominando a civilização
hindu que se
formava. Teve início, então, o Período Védico, que durou até 500 a.C.
O período Védico ficou marcado pelas escrituras compiladas de hinos escritos em sânscrito nessa época, que foram chamados de Vedas (saber sagrado).
Foram escritos quatro Vedas: Rig-Veda, Yajur-Veda, Sama-Veda e Atharva-Veda.
Algumas descrições contidas nos Vedas dão uma noção de como eram a vida e a
sociedade, naquela época. Nos últimos anos do século IV, o período Védico se
encerrou quando ocorreram transformações no país e surgiram novas religiões e
novas ideologias., com a divisão das castas.
O surgimento do budismo (pregado por Buda) e do Jainismo (pregado por Mahavira) no contexto
indiano trouxe novas orientações ao hinduismo estabelecido na região. Com a invasão
dos turcos, árabes e afegãos, o islamismo foi introduzido naquela região.
Entre os séculos XVII e XIV, Dinastia Mughal reinou na Índia e deixou
suas marcas principalmente por sua arquitetura presente
ainda hoje em um bairro afastado do centro da cidade de Nova Déli, que, aliás,
é chamada de Velha Déli. Um exemplo é o maior mosteiro da Índia, o Jama Masjid,
construído a partir de 1644. O Taj Mahal, contrução realizada entre 1630 e
1652, é outro exemplo da arquitetura típica da Dinastia Mughal.
Na época das navegações e da colonização, os portugueses (com Vasco da
Gama) foram os primeiros a se estabelecer na Índia, embora não tenham exercido
o papel de colonizadores no país.
Já os ingleses, a partir de 1858, utilizaram a Companhia Inglesa das
Índias Orientais para se estabelecerem amigavelmente no país, passando então a
administrar, através da figura do vice-rei, pouco mais da metade da Índia, o
que deu origem ao termo “Índia Britânica”. O restante do país continuava sob a
autoridade de governantes hindus ou muçulmanos, geralmente chamados de marajás.
Com o crescimento do sentimento nacionalista disseminado por “Mahatma”
(“Grande Alma”) Gandhi, no início do século XX, e com o movimento de “descolonização”,
após fim da Segunda
Guerra Mundial, em 15 de agosto de 1947, a Inglaterra passou aos indianos a administração
das regiões da Índia que governava, e reconheceu tanto a Índia como o
Paquistão.
A separação da região governada pela Inglaterra entre a Índia e o
Paquistão causou um desentendimento em relação a região da Caxemira, disputada
até hoje entre as duas nações. A situação na região é preocupante pelo fato de
ambos os países possuirem armas nucleares.
Atualmente, a presidente da Republica da Índia, nome oficial do país, é
Pratibha Patil. Ela é a primeira mulher a governar o país.
Hoje 80% da população vive
abaixo da linha da pobreza.