terça-feira, 2 de abril de 2019

Revisional História Geral

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Revisional História do Brasil

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Caderno Bimestral

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1ªGGM


Resumo 1ª GGM

Por Patrícia Carvalho Pinheiro

Introdução
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito militar ocorrido entre 1914 e 1918, um dos maiores do século XX. Teve como principais envolvidos as grandes potências imperialistas europeias, mas também contou com a participação de países de outros continentes, como os Estados Unidos.
Em razão da amplitude do conflito, do grande número de envolvidos e das mortes provocadas em campo de batalha, também foi chamada de a Grande Guerra, em especial no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial

Contexto histórico 
O final do século XIX e o início do século XX foram marcados pelo neocolonialismo das grandes potências europeias em direção a territórios na África e Ásia. A disputa por colônias, que forneciam matéria-prima e mercados para os produtos industrializados europeus provocou uma corrida imperialista movimentada pelo aumento dos investimentos militares.
A disputa por territórios ultrapassou os limites da África e Ásia e atingiu a própria Europa. Chegou à região dos Balcãs, importante rota de passagem rumo ao Oriente Médio. Essa região era objeto de disputas, principalmente entre Alemanha e Rússia, mas que envolviam também o Império Austro-húngaro e os diversos povos que viviam na região. 
Apesar das disputas imperialistas, a Europa vivia a “Belle Époque”, período de grande otimismo com o desenvolvimento da ciência, das artes e relativamente pacífico, garantido pela “paz armada” entre os países imperialistas.
Ou seja, ao mesmo tempo em que não se enfrentavam, os países investiam pesadamente em armamento e no desenvolvimento de tecnologias militares. Os conflitos que antecederam a Belle Époque, em especial a Guerra Franco-prussiana (1870-1871), embora pontuais, estimularam os sentimentos revanchistas e nacionalistas, como no caso da França em relação à Alemanha.
Além disso, a própria unificação alemã, em 1871, e seu despontamento como potência industrial vinham incomodando os ingleses, então maior potência econômica do continente.
Esperando um possível conflito, as principais nações europeias procuraram estabelecer alianças em troca de apoio mútuo, o que resultou em sua divisão em dois grupos: a Tríplice Aliança, formada em 1882 por Alemanha, Itália e Império Austro-húngaro; e a Tríplice Entente, que reuniu Inglaterra, França e Rússia em 1907. 
Dessa forma, se estabeleceram os dois principais grupos que se enfrentariam durante a Grande Guerra. Podemos estabelecer suas principais causas como a corrida imperialista, o revanchismo e o nacionalismo entre as principais potências europeias. 

O início da guerra
Com o acirramento desses conflitos, a situação na Europa estava à beira de um confronto generalizado. Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-húngaro, foi assassinado na cidade de Sarajevo, no território da Bósnia e Herzegovina, pelo grupo nacionalista sérvio Mão Negra.
Este ponto é considerado o estopim da Primeira Guerra Mundial, pois provocou uma série de retaliações, acionando as alianças preestabelecidas e desencadeando o conflito militar.
Em razão do desenvolvimento tecnológico - que havia sido possível graças à industrialização - e do próprio desenvolvimento da indústria bélica - com sua produção em massa -, a Primeira Guerra Mundial provocou um número de mortes até então nunca visto em conflitos militares. Além do incremento do potencial destrutivo, houve uso intensivo de aviões e armas químicas em combate.
As novas armas e seu poder destrutivo permitiram o avanço rápido sobre territórios inimigos, caracterizando a primeira fase da Grande Guerra, chamada de guerra de movimento. Esta fase durou pouco tempo, basicamente durante o próprio ano de 1914.
Em oposição ao que ocorreu no início do combate, sua segunda fase foi marcada pelo avanço lento, quando não pela estagnação nos campos de batalha. Devido à violência do conflito, os militares passaram a se proteger em trincheiras - escavações no solo que funcionavam como abrigo -, a fim de garantir alguma proteção, ainda que precária, aos combatentes.
Por esta razão, essa segunda fase ficou conhecida como guerra de trincheiras. Cabe ressaltar que, apesar de fornecerem alguma proteção nos campos de batalha, a vida nas trincheiras também proporcionava condições de sobrevivência precárias.
Os soldados sofriam com alagamentos, ataques de pragas e epidemias, convivendo até mesmo com cadáveres. Além disso, não possuíam sequer condições razoáveis para dormir, se alimentar, e tratar de seus ferimentos.

O fim da guerra e o Tratado de Versalhes 
Depois do avanço rápido e da fase seguinte de estagnação, a Tríplice Entente conseguiu vitórias importantes que deixaram a Alemanha isolada e contribuíram para sua derrota.
Três fatos importantes ajudaram a determinar os rumos da Primeira Guerra Mundial:
  • após acordos que envolviam a conquista de territórios, a Itália passa a apoiar a Tríplice Entente a partir de 1915;
  • os Estados Unidos entram em guerra contra a Alemanha em 1917, procurando obter vantagens econômicas com o conflito na Europa;
  • a saída da Rússia da guerra após a Revolução de 1917
Depois de ficar militarmente isolada e passar por uma série de manifestações e greves internas contra a manutenção da guerra, a Alemanha se rende em 1918. O Kaiser Guilherme II foge para a Holanda e o Segundo Reich (Segundo Império Alemão) é substituído pela República de Weimer.
No ano seguinte, os alemães são obrigados a assinar o Tratado de Versalhes, que reconhecia a Alemanha como principal responsável pela guerra e impunha duras sanções ao país.
Como consequência, a Alemanha passaria por uma grave crise econômica nos anos seguintes que, em conjunto com o sentimento de revanche da derrota na Primeira Guerra, permitiram a ascensão do nazismo.
Em paralelo, a Primeira Guerra Mundial também marcou o fim de quatro grandes impérios, a saber, o Alemão, o Russo, o Austro-húngaro e o Otomano, dando início a uma nova configuração geopolítica do mundo


Neocolonialismo Africano


Neocolonialismo Africano
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

Durante séculos o que o “mundo” conhecia do continente africano eram os territórios que ficavam ao norte do Deserto do Saara, conhecida como África do Norte, hoje, África Branca. Isso porque ao norte encontramos uma organização sócio-econômica muito semelhante à do Oriente Médio, formando um mundo islamizado. Ao sul temos a chamada África subsaariana ou África Negra, assim denominada pela predominância nessa região de povos de pele escura e olhos castanhos.
A diversidade étnica desta região de África é patente nas diferentes formas de cultura, incluindo as línguas, a música, a arquitetura, a religião, a culinária e a indumentária dos diferentes povos do continente.
A maioria da população pertence a etnias anteriormente classificadas na "raça negra", mas que hoje são classificadas pelo seu grupo lingüístico. A África é provavelmente a região do mundo onde a situação lingüística é a mais diversificada (com mais de 1000 línguas catalogadas).
O continente africano é palco de uma série de conflitos, conseqüência da intervenção colonialista, principalmente no fim do século XIX e início do século XX. Esse processo de intervenção interferiu diretamente nas condições políticas, econômicas e sociais da população africana.
As primeiras investidas coloniais já no século XVI ocorreu com Portugal, que acabou se limitando à exploração de mão-de-obra escrava negra.
Pelas resoluções do Tratado de Tordesilhas o continente africano ficaria sob os domínios lusitanos. No entanto duas razões inviabilização a colonização do novo continente naquele momento: as riquezas já conquistadas pelo colonizador em outras colônias (as Índias) e a dificuldade de adentrar o território tanto para exploração extrativista como para o desenvolvimento de plantation.
No início do século XIV Portugal, endividada com a Inglaterra, resolveu facilitar a tomada do território pelos ingleses.
A partir de 1815 a França passou a conquistar territórios no continente pelo Norte (com o apoio da Legião Estrangeira). A Inglaterra, em contrapartida, fazia a mesma investida pelo Sul. Em 1870 chegaram a iniciar conflitos diretos pela disputa do continente. Em 1885 foi assinado o Tratado de Berlim, conhecido como “A Partilha da África”, onde vários países europeus dividiram “à régua” o Continente todo.
A divisão territorial do continente teve como critério apenas os interesses dos colonizadores europeus, desprezando as diferenças étnicas e culturais da população local. Diversas comunidades, muitas vezes rivais, que historicamente viviam em conflito, foram colocadas em um mesmo território, enquanto grupos de uma mesma etnia foram separados.
Após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu um intenso processo de independência das nações africanas. Porém, novos países se formaram sobre a mesma base territorial construída pelos colonizadores europeus, desrespeitando a cultura e a história das comunidades, conseqüentemente inúmeros conflitos étnicos pela disputa de poder foram desencadeados no interior desses países.
Outro fator agravante para o surgimento desses conflitos na África se refere ao baixo nível socioeconômico de muitos países e à instalação de governos ditatoriais. Durante a Guerra Fria, que envolveu os Estados Unidos e a União Soviética, ocorreu o financiamento de armamentos para os países africanos, fornecendo aparato técnico e financeiro para os distintos grupos de guerrilheiros, que muitas vezes possuíam – e ainda possuem – crianças que são forçadas, através de uma manipulação ideológica, a odiarem os diferentes grupos étnicos.
São vários os conflitos no continente africano; o que é pior, muitos deles estão longe de um processo de pacificação. A maioria é motivada por diferenças étnicas, é o que acontece em Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália, por exemplo. Outros por disputas territoriais como Serra Leoa, Somália e Etiópia; questões religiosas também geram conflitos, é o que acontece na Argélia e no Sudão. Além de tantas políticas ditatoriais instaladas, a que teve maior repercussão foi o apartheid na África do Sul – política de segregação racial que foi oficializada em 1948, com a chegada ao poder do Novo Partido Nacional (NNP). O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas, além de não poderem adquirir terras na maior parte do país, obrigando os negros a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico.
Deve-se haver a intervenção de organismos internacionais para que esse e outros problemas do continente africano (aids, fome, economia, saúde, etc.) sejam amenizados, pois esse processo é consequência das políticas colonialistas dos países desenvolvidos, que após sugarem a riqueza desse povo, abandonaram o continente, deixando uma verdadeira mazela. 
continente africano tem hoje cerca de 889 milhões de habitantes, dos quais 500 milhões vivem na África subsaariana. Essa população tem um crescimento populacional na ordem dos 2,5% ao ano.
Esse crescimento elevado da população tem criado duas preocupações muito sérias:
A)   a predominância de jovens na população determina a necessidade de elevados investimentos sociais em escolas, alimentação e tratamento médico;
B)    a pressão demográfica, aliada ao baixo nível técnico da produção agropecuária, à introdução de culturas de rendimento para exportação e à urbanização no século XX, tem gerado graves desequilíbrios econômicos e sociais.
De forma geral, a população da África Negra apresenta os piores indicadores sócio-econômicos do mundo. Enquanto nos países desenvolvidos a população morre, em média, com uma idade superior a 70 anos, nessa parte do mundo raramente a média ultrapassa os 45 anos. Essa expectativa média de vida tão baixa é explicada por inúmeros fatores, tais como a má nutrição, falta de assistência médica e ausência de saneamento básico nos meios rurais.

Acordos e Organizações Político-Econômicas pós-guerra
-        Carta do Atlântico (1941): Estipulava o fim colonização afro-asiática, reconhecia a autodeterminação dos povos. Foi confirmada pela Conferência de Bandung (Indonésia) em 1955;
-        ONU (Organização das Nações Unidas), em 1945;
-        Liga Árabe (1945): Lutava pela independência dos países da África Branca e Oriente Médio;
-        Israel (fundação do Estado de Israel) em 1948;
-        Acordo de Genebra (1954): legitimava a independência de colônias francesas na Ásia;
-        OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), 1949;
-        Pacto de Varsóvia, em 1955;
-        OLP (Organização para a Libertação da Palestina), em 1964.
-        Convenção de Genebra em 1973;
Descolonização Africana
  Iniciada no pós 1ª GGM – Egito e África do Sul;
  Em 1941 é determinado o fim da escravidão no continente;
  São firmados vários acordos de desocupação do continente após a 2ª GGM;
  Grupos étnicos locais passam a disputar o controle político em diversos países – Guerras Civis e Genocídio;
  Na África do Sul a população branca promove o maior movimento de segregação racial da história – o Apartheid.
  Países com guerra civil: Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália;
  Países com disputas religiosas: Serra Leoa, Somália, Etiópia,  Argélia e Sudão;
  HOJE: A população da África Negra apresenta os piores indicadores sócio-econômicos do mundo.