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sexta-feira, 26 de abril de 2019
quarta-feira, 3 de abril de 2019
terça-feira, 2 de abril de 2019
1ªGGM
Resumo 1ª GGM
Por Patrícia Carvalho Pinheiro
Introdução
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito
militar ocorrido entre 1914 e 1918, um dos maiores do século XX. Teve
como principais envolvidos as grandes potências imperialistas europeias,
mas também contou com a participação de países de outros continentes, como os
Estados Unidos.
Em razão da amplitude do conflito, do grande número
de envolvidos e das mortes provocadas em campo de batalha, também foi chamada
de a Grande Guerra, em especial no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial.
Contexto histórico
O final do século XIX e o início do século XX foram
marcados pelo neocolonialismo das grandes potências europeias em direção a territórios na África
e Ásia. A disputa por colônias, que forneciam matéria-prima e mercados para os
produtos industrializados europeus provocou uma corrida imperialista movimentada
pelo aumento dos investimentos militares.
A disputa por territórios ultrapassou os limites da
África e Ásia e atingiu a própria Europa. Chegou à região dos Balcãs,
importante rota de passagem rumo ao Oriente Médio. Essa região era
objeto de disputas, principalmente entre Alemanha e Rússia, mas que envolviam
também o Império Austro-húngaro e os diversos povos que viviam na região.
Apesar das disputas imperialistas, a Europa vivia
a “Belle Époque”, período de grande otimismo com o desenvolvimento
da ciência, das artes e relativamente pacífico, garantido pela “paz
armada” entre os países imperialistas.
Ou seja, ao mesmo tempo em que não se enfrentavam,
os países investiam pesadamente em armamento e no desenvolvimento de
tecnologias militares. Os conflitos que antecederam a Belle Époque, em especial
a Guerra Franco-prussiana (1870-1871), embora pontuais,
estimularam os sentimentos revanchistas e nacionalistas, como no
caso da França em relação à Alemanha.
Além disso, a própria unificação alemã, em 1871, e
seu despontamento como potência industrial vinham incomodando os ingleses,
então maior potência econômica do continente.
Esperando um possível conflito, as principais
nações europeias procuraram estabelecer alianças em troca de apoio mútuo, o que
resultou em sua divisão em dois grupos: a Tríplice Aliança, formada
em 1882 por Alemanha, Itália e Império Austro-húngaro; e a Tríplice
Entente, que reuniu Inglaterra, França e Rússia em 1907.
Dessa forma, se estabeleceram os dois principais
grupos que se enfrentariam durante a Grande Guerra. Podemos estabelecer suas
principais causas como a corrida imperialista, o revanchismo e
o nacionalismo entre as principais potências europeias.
O início da guerra
Com o acirramento desses conflitos, a situação na
Europa estava à beira de um confronto generalizado. Em 28 de junho de 1914, o
arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império
Austro-húngaro, foi assassinado na cidade de Sarajevo, no território da Bósnia
e Herzegovina, pelo grupo nacionalista sérvio Mão Negra.
Este ponto é considerado o estopim da
Primeira Guerra Mundial, pois provocou uma série de retaliações, acionando
as alianças preestabelecidas e desencadeando o conflito militar.
Em razão do desenvolvimento tecnológico -
que havia sido possível graças à industrialização - e do próprio desenvolvimento
da indústria bélica - com sua produção em massa -, a Primeira Guerra
Mundial provocou um número de mortes até então nunca visto em conflitos
militares. Além do incremento do potencial destrutivo, houve uso intensivo de
aviões e armas químicas em combate.
As novas armas e seu poder destrutivo permitiram o
avanço rápido sobre territórios inimigos, caracterizando a primeira fase da
Grande Guerra, chamada de guerra de movimento. Esta fase durou
pouco tempo, basicamente durante o próprio ano de 1914.
Em oposição ao que ocorreu no início do combate,
sua segunda fase foi marcada pelo avanço lento, quando não pela estagnação nos
campos de batalha. Devido à violência do conflito, os militares
passaram a se proteger em trincheiras - escavações no solo que funcionavam como
abrigo -, a fim de garantir alguma proteção, ainda que precária, aos
combatentes.
Por esta razão, essa segunda fase ficou conhecida
como guerra de trincheiras. Cabe ressaltar que, apesar de
fornecerem alguma proteção nos campos de batalha, a vida nas trincheiras também
proporcionava condições de sobrevivência precárias.
Os soldados sofriam com alagamentos, ataques de
pragas e epidemias, convivendo até mesmo com cadáveres. Além disso, não
possuíam sequer condições razoáveis para dormir, se alimentar, e tratar de seus
ferimentos.
O fim da guerra e o Tratado de
Versalhes
Depois do avanço rápido e da fase seguinte de
estagnação, a Tríplice Entente conseguiu vitórias importantes que deixaram
a Alemanha isolada e contribuíram para sua derrota.
Três fatos importantes ajudaram a determinar os
rumos da Primeira Guerra Mundial:
- após
acordos que envolviam a conquista de territórios, a Itália
passa a apoiar a Tríplice Entente a partir de 1915;
- os
Estados Unidos entram em guerra contra a Alemanha em 1917, procurando
obter vantagens econômicas com o conflito na Europa;
- a
saída da Rússia da guerra após a Revolução de 1917.
Depois de ficar militarmente isolada e
passar por uma série de manifestações e greves internas contra a manutenção da
guerra, a Alemanha se rende em 1918. O Kaiser Guilherme II foge para a Holanda
e o Segundo Reich (Segundo Império Alemão) é substituído
pela República de Weimer.
No ano seguinte, os alemães são obrigados a assinar
o Tratado de Versalhes, que reconhecia a Alemanha como principal
responsável pela guerra e impunha duras sanções ao país.
Como consequência, a Alemanha passaria por
uma grave crise econômica nos anos seguintes que, em conjunto
com o sentimento de revanche da derrota na Primeira Guerra, permitiram a ascensão
do nazismo.
Em paralelo, a Primeira Guerra Mundial também
marcou o fim de quatro grandes impérios, a saber, o Alemão, o Russo, o
Austro-húngaro e o Otomano, dando início a uma nova configuração
geopolítica do mundo.
Neocolonialismo Africano
Neocolonialismo Africano
Por Patrícia Carvalho Pinheiro
Durante séculos o que o “mundo” conhecia do continente
africano eram os territórios que ficavam ao norte do Deserto do Saara,
conhecida como África do Norte, hoje, África
Branca. Isso porque ao norte encontramos uma
organização sócio-econômica muito semelhante à do Oriente Médio,
formando um mundo islamizado. Ao
sul temos a chamada África subsaariana
ou África Negra, assim denominada pela predominância nessa região
de povos de pele escura e olhos castanhos.
A diversidade étnica desta região de África é patente nas diferentes formas
de cultura,
incluindo as línguas,
a música,
a arquitetura,
a religião,
a culinária e
a indumentária dos diferentes povos do continente.
A maioria da população pertence a etnias anteriormente classificadas na "raça negra", mas que hoje são classificadas pelo seu grupo
lingüístico. A África é
provavelmente a região do mundo onde a situação lingüística é a mais
diversificada (com mais de 1000 línguas catalogadas).
O continente africano é palco de uma série de conflitos, conseqüência
da intervenção colonialista, principalmente no fim do século XIX e início do
século XX. Esse processo de intervenção interferiu diretamente nas condições
políticas, econômicas e sociais da população africana.
As primeiras investidas coloniais já no século XVI
ocorreu com Portugal, que acabou se limitando à exploração de mão-de-obra
escrava negra.
Pelas resoluções do Tratado de Tordesilhas o continente
africano ficaria sob os domínios lusitanos. No entanto duas razões
inviabilização a colonização do novo continente naquele momento: as riquezas já
conquistadas pelo colonizador em outras colônias (as Índias) e a dificuldade de
adentrar o território tanto para exploração extrativista como para o
desenvolvimento de plantation.
No início do século XIV Portugal, endividada com a
Inglaterra, resolveu facilitar a tomada do território pelos ingleses.
A partir de 1815 a França passou a conquistar territórios
no continente pelo Norte (com o apoio da Legião Estrangeira). A Inglaterra, em
contrapartida, fazia a mesma investida pelo Sul. Em 1870 chegaram a iniciar
conflitos diretos pela disputa do continente. Em 1885 foi assinado o Tratado de
Berlim, conhecido como “A Partilha da África”, onde vários países europeus
dividiram “à régua” o Continente todo.
A divisão territorial do continente teve como critério
apenas os interesses dos colonizadores europeus, desprezando as diferenças
étnicas e culturais da população local. Diversas comunidades, muitas vezes
rivais, que historicamente viviam em conflito, foram colocadas em um mesmo
território, enquanto grupos de uma mesma etnia foram separados.
Após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu um intenso
processo de independência das nações africanas. Porém, novos países se formaram
sobre a mesma base territorial construída pelos colonizadores europeus,
desrespeitando a cultura e a história das comunidades, conseqüentemente
inúmeros conflitos étnicos pela disputa de poder foram desencadeados no
interior desses países.
Outro fator agravante para o surgimento desses conflitos
na África se refere ao baixo nível socioeconômico de muitos países e à
instalação de governos ditatoriais. Durante a Guerra Fria, que envolveu os
Estados Unidos e a União Soviética, ocorreu o financiamento de armamentos para
os países africanos, fornecendo aparato técnico e financeiro para os distintos
grupos de guerrilheiros, que muitas vezes possuíam – e ainda possuem – crianças
que são forçadas, através de uma manipulação ideológica, a odiarem os
diferentes grupos étnicos.
São vários os conflitos no continente africano; o que é
pior, muitos deles estão longe de um processo de pacificação. A maioria é
motivada por diferenças étnicas, é o que acontece em Ruanda, Mali, Senegal,
Burundi, Libéria, Congo e Somália, por exemplo. Outros por disputas
territoriais como Serra Leoa, Somália e Etiópia; questões religiosas também
geram conflitos, é o que acontece na Argélia e no Sudão. Além de tantas
políticas ditatoriais instaladas, a que teve maior repercussão foi o apartheid
na África do Sul – política de segregação racial que foi oficializada em
1948, com a chegada ao poder do Novo Partido Nacional (NNP). O apartheid não
permitia o acesso dos negros às urnas, além de não poderem adquirir terras na
maior parte do país, obrigando os negros a viverem em zonas residenciais
segregadas, uma espécie de confinamento geográfico.
Deve-se haver a intervenção de organismos internacionais
para que esse e outros problemas do continente africano (aids, fome, economia,
saúde, etc.) sejam amenizados, pois esse processo é consequência das políticas
colonialistas dos países desenvolvidos, que após sugarem a riqueza desse povo,
abandonaram o continente, deixando uma verdadeira mazela.
O continente
africano tem hoje cerca de 889 milhões
de habitantes, dos quais 500 milhões vivem na África subsaariana. Essa
população tem um crescimento populacional na ordem dos 2,5% ao ano.
Esse crescimento elevado da população tem criado duas
preocupações muito sérias:
A)
a predominância de jovens na
população determina a necessidade de elevados investimentos sociais em escolas,
alimentação e tratamento médico;
B)
a pressão demográfica, aliada ao
baixo nível técnico da produção agropecuária, à introdução de culturas de
rendimento para exportação e à urbanização no século
XX, tem gerado graves desequilíbrios
econômicos e sociais.
De forma geral, a população da África Negra apresenta os
piores indicadores sócio-econômicos do mundo. Enquanto nos países desenvolvidos
a população morre, em média, com uma idade superior a 70 anos, nessa parte do
mundo raramente a média ultrapassa os 45 anos. Essa expectativa média de vida
tão baixa é explicada por inúmeros fatores, tais como a má nutrição, falta de
assistência médica e ausência de saneamento básico nos
meios rurais.
Acordos
e Organizações Político-Econômicas pós-guerra
-
Carta
do Atlântico (1941): Estipulava o fim colonização afro-asiática, reconhecia a
autodeterminação dos povos. Foi confirmada pela Conferência de Bandung
(Indonésia) em 1955;
-
ONU
(Organização das Nações Unidas), em 1945;
-
Liga
Árabe (1945): Lutava pela independência dos países da África Branca e Oriente
Médio;
-
Israel
(fundação do Estado de Israel) em 1948;
-
Acordo
de Genebra (1954): legitimava a independência de colônias francesas na Ásia;
-
OTAN
(Organização do Tratado do Atlântico Norte), 1949;
-
Pacto
de Varsóvia, em 1955;
-
OLP
(Organização para a Libertação da Palestina), em 1964.
-
Convenção
de Genebra em 1973;
Descolonização
Africana
Iniciada no pós 1ª
GGM – Egito e África do Sul;
Em 1941 é determinado
o fim da escravidão no continente;
São firmados vários
acordos de desocupação do continente após a 2ª GGM;
Grupos étnicos locais
passam a disputar o controle político em diversos países – Guerras Civis e
Genocídio;
Na África do Sul a
população branca promove o maior movimento de segregação racial da história – o
Apartheid.
Países com guerra
civil: Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália;
Países com disputas
religiosas: Serra Leoa, Somália, Etiópia,
Argélia e Sudão;
HOJE: A população da
África Negra apresenta os piores indicadores sócio-econômicos do mundo.
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