terça-feira, 20 de junho de 2017

Resumo 2 Ano - 2 bimestre

SOCIEDADE CAPITALISTA – SOCIEDADE DE CONSUMO
Por Patrícia Carvalho Pinheiro

As fases do K ao longo da história podem ser divididas em 3: K Comercial, Industrial e Financeiro.
K Comercial:
- Período de acumulação primitiva de capital, ocorrido na primeira fase do K, logo após as navegações e a conquista, pelos países europeus, de novas terras, para expropriar suas riquezas. Em um segundo momento, após o esgotamento das riquezas de metais e pedras preciosas, inicia-se o desenvolvimento do Sistema de Plantation (latifúndio, trabalho escravo, monocultura);
- Características da DIT: Europa = metrópole / América-África-Ásia = colônias (fornecedoras de matéria-prima para a manufatura e alimentos);
K Industrial:
1ª Revolução Industrial – desenvolvimento da máquina a vapor; Surgimento da teoria Liberal (Adam Smith = laissez-faire).
2ª Revolução Industrial – máquina à combustão – aceleração da produção (ambas utilizando da queima de combustíveis fósseis (carvão e petróleo).
- A indústria substituiu a força de trabalho no modelo de modo-de-produção: Artesanal e Manufatureiro = Matriz (manual, força humana); Industrial = Motriz (motores).
- A necessidade de encontrar uma forma de aumentar a lucratividade com o investimento da acumulação primitiva de capital, o excesso de mão-de-obra nas cidades (com o desemprego no campo) fez o desenvolvimento da indústria uma boa opção para a burguesia européia. Os entraves eram: a mão-de-obra escrava nas colônias (que não consomem) e própria existência de colônias (dificuldade de comercialização das maiores economias industriais – ING, FRA e HOL).  Para resolver foi difundido processo de abolição da escravatura e independência das colônias.
- DIT: Europa = centro / América-África-Ásia: neocolonialismo e imperialismo (agropecuários e extrativistas).
- Ao inibir o desenvolvimento industrial nas neocolônias a burguesia européia, após a 1ªGGM, apropria-se e/ou unificam forças, dando origem a conglomerados industriais: trustes e holdings; passam a controlar setores completos da economia: monopólios e oligopólios; e a desenvolver práticas que desabilitaram a livre-concorrência, como cartéis.
K Financeiro:
Após a 2ª GGM o Mundo, em Guerra Fria, passa a ser dividido em 3: 1º Mundo (K ricos), 2º Mundo (socialistas), 3º Mundo (K pobres); Surge a 3ª Revolução Industrial, acentuada na disputa tecnológica das corridas espacial e armamentista. Essa 3ª revolução acelerou o CONSUMISMO, através da utilização incessante da PROPAGANDA e do MARKETING, promovendo o consumo desacelerado, primeiramente de produtos que não se tem necessidade, depois, de produtos com cada vez menos durabilidade, obrigando a sociedade a consumir mais, mais e mais. No centro do processo produtivo o PETRÓLEO, base para tudo.
O crescimento econômico das empresas capitalistas se acentua com a quebra da URSS e com a conquista do domínio de tecnologias antes pertencentes aos países.
Surgem grandes centros de produção tecnológica nos países ricos, os tecnopólos, ligados à grandes universidades e com investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Para poupar gastos de produção e investir mais em P&D, várias empresas se instalam em países pobres, com recursos materiais e humanos disponíveis, tornando-se multinacionais e/ou transnacionais.
O Capitalismo de fluxos

Na década de 70 houve a implantação de multinacionais em países subdesenvolvidos, ao passo que países desenvolvidos passam a investir em tecnologia. As multinacionais retornam parte de seu lucro aos países de origem para investir em tecnologia.
A exportação de produtos industrializados possibilita uma melhoria na Balança Comercial dos países subdesenvolvidos.
Países industrializados criam junto a ONU (através da OMC) as leis de Patentes, exigindo royalties pela produção tecnológica. Além disso, para impedir a fuga de capital, passam a oferecer subsídios: na produção industrial, na agricultura, nos impostos sobre terrenos de instalação, no investimento em P&D.
Nas décadas de 80 e 90 muitas multinacionais abrem seus capitais para aumentar o investimento especulativo em tecnologia; Surgem muitas empresas financeiras e há um grande crescimento de empresas exclusivamente tecnológicas (comunicação, informacional, tecnologia de ponta).
Estes países subdesenvolvidos passaram a aumentar sua arrecadação partindo para a industrialização, desta forma há uma nova configuração da DIT: Países em desenvolvimento ou de industrialização tardia = emergentes.
A DST destes países também ganha novos contornos: a economia passa a desenvolver-se em 5 setores: primário = agropecuário e extrativista; secundário = industrial; terciário = serviços e comércio; quaternário = produção de conhecimento (tecnologia, p&d); quinário = de tecnologias já desenvolvidas. Isto ocorre primeiramente num grupo específico de países, chamados de BRICS, que conquistam, nos anos 2000, a quebra de patentes tecnológicas juntos à OMC.
A Bolsa de Valores de Nova York não suporta controlar a economia das novas empresas tecnológicas. Surge a NASDAQ, especializada em tecnologia, e a economia capitalista passa a ser dividida em duas: A Velha Economia (indústrias de automóveis, tabaco, Cias de petróleo, bens e consumo, etc.), e a Nova Economia (computadores, informática e telecomunicações).
Na década de 2000 há um grande crescimento do turismo, do setor terciário e das telecomunicações causa um “BUM” econômico aos emergentes: passam a ter maior poder econômico e buscam ter maior poder político no mundo. Exigem quebra de patentes, fim de subsídios em países industrializados, participação nas decisões políticas no mundo (como vagas definitivas no Conselho de Segurança da ONU).
Nos anos 2000 as empresas especializadas em tecnologia se tornam tão primordiais que reconfiguram o K: hoje tem-se o capitalismo da circulação: de valores, de mercadorias, de informações, de produtos, de doenças, etc..... isso chama-se Globalização (econômica) e Mundialização (cultural).
Graças a pressões internacionais os EMERGENTES conquistam as quebras de patentes (direitos de comercialização) de diversos produtos – medicamentos, produtos tecnológicos, etc).
Brasil, Índia e China, juntos, têm quase metade da população mundial e grande extensão territorial. Passam a oferecer subsídios também, o que aumenta o desenvolvimento industrial (tanto em industrias de transformação como em industrias tecnológicas). Outro grande desenvolvimento é o da Agroindústria. Passam a oferecer juros altos na economia, atraindo capital especulativo estrangeiro, atraindo dólares e acelerando o consumo interno com a facilitação de crédito.
Outro fator determinante do período é a evolução dos meios de transporte, mais eficientes e baratos, possibilitando um maior fluxo de pessoas pelo mundo.
Essa nova fase do capitalismo (globalização econômica) se desenvolve em torno dos fluxos: de pessoas, de capitais e de mercadorias (facilitados por acordos econômicos independentes e produção industrial descentralizada, juntamente com o surgimento de blocos econômicos sólidos, como a U.E., o Mercosul e a Nafta).
O constante crescimento econômico e o comércio mundial exige que novas leis sejam criadas para garantir a livre concorrência, como a proibição de cartéis e monopólios, em como a privatização das estatais (com a desculpa de ampliar a qualidade e os investimento, o K explora setores já implantados em vários países).
Embora os emergentes ganhem mais espaço na política mundial, há ainda grandes transtornos a serem corrigidos: corrupção, baixo IDH e desigualdade social.
Nos anos 2000 as empresas especializadas em tecnologia se tornam tão primordiais que reconfiguram o K: hoje tem-se o capitalismo de fluxos (circulação): de valores, de mercadorias, de informações, de produtos, de doenças, etc..... isso chama-se Globalização (econômica) e Mundialização (cultural).
Para garantir a expansão do sistema capitalista (manutenção e consumo e arrecadação para investimentos tecnológicos), muitas empresas passam a adotar a Obsolescência Programada. Este é o nome dado a decisão do produtor de, propositadamente, desenvolver, fabricar e distribuir um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto.
Dentro deste modelo de crescimento capitalista surgem novos tipos de empresas:
Trustes: grandes corporações que produzem todas as unidades de um setor produtivo, ou várias etapas da mesma produção. Ex: Parmalat, Batavo, Coca-Cola, Pepsico, Sadia, Claro, Vivo, etc.
Holdings: Empresas que administram apenas financeiramente outras empresas, sem produção direta. Ex: Mitsubish, Grupo Silvio Santos, Globo, Newcomm (Roberto Justus), Valepar, etc.
Monopólios: quando uma única empresa controla sozinha um setor produtivo. Embora seja ilegal a Petrobrás e a Vale do Rio Doce são exemplos de Monopólios no Brasil.
Oligopólios: um pequeno grupo de empresas controla um setor produtivo. Ex: Coca-Cola X Pepsico, P&G X Univelver, Sadia/JBS/Perdigão, etc.
Cartéis: combinação de preços inibindo a livre-concorrência. Ex: Ambev, Postos de Gasolina, etc.



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