Por Patrícia Carvalho Pinheiro
As fases do K ao longo da história podem ser
divididas em 3: K Comercial, Industrial e Financeiro.
K
Comercial:
- Período de acumulação primitiva de
capital, ocorrido na primeira fase do K, logo após as navegações e a conquista,
pelos países europeus, de novas terras, para expropriar suas riquezas. Em um
segundo momento, após o esgotamento das riquezas de metais e pedras preciosas,
inicia-se o desenvolvimento do Sistema de Plantation (latifúndio,
trabalho escravo, monocultura);
- Características da DIT: Europa = metrópole
/ América-África-Ásia = colônias (fornecedoras de matéria-prima para a
manufatura e alimentos);
K
Industrial:
1ª Revolução Industrial – desenvolvimento da
máquina a vapor; Surgimento da teoria Liberal (Adam Smith = laissez-faire).
2ª Revolução Industrial – máquina à
combustão – aceleração da produção (ambas utilizando da queima de
combustíveis fósseis (carvão e petróleo).
- A indústria
substituiu a força de trabalho no modelo de modo-de-produção: Artesanal e
Manufatureiro = Matriz (manual, força humana); Industrial = Motriz (motores).
- A necessidade de encontrar uma forma de
aumentar a lucratividade com o investimento da acumulação primitiva de capital,
o excesso de mão-de-obra nas cidades (com o desemprego no campo) fez o
desenvolvimento da indústria uma boa opção para a burguesia européia. Os
entraves eram: a mão-de-obra escrava nas colônias (que não consomem) e própria
existência de colônias (dificuldade de comercialização das maiores economias
industriais – ING, FRA e HOL). Para
resolver foi difundido processo de abolição da escravatura e independência das
colônias.
- DIT: Europa = centro / América-África-Ásia:
neocolonialismo e imperialismo (agropecuários e extrativistas).
- Ao inibir o desenvolvimento industrial nas
neocolônias a burguesia européia, após a 1ªGGM, apropria-se e/ou unificam
forças, dando origem a conglomerados industriais: trustes e holdings; passam a
controlar setores completos da economia: monopólios e oligopólios; e a
desenvolver práticas que desabilitaram a livre-concorrência, como cartéis.
K
Financeiro:
Após a 2ª GGM o Mundo, em Guerra Fria, passa
a ser dividido em 3: 1º Mundo (K ricos), 2º Mundo (socialistas), 3º Mundo (K
pobres); Surge a 3ª Revolução Industrial, acentuada na disputa tecnológica das
corridas espacial e armamentista. Essa 3ª revolução acelerou o
CONSUMISMO, através da utilização incessante da PROPAGANDA e do MARKETING,
promovendo o consumo desacelerado, primeiramente de produtos que não se tem
necessidade, depois, de produtos com cada vez menos durabilidade, obrigando a
sociedade a consumir mais, mais e mais. No centro do processo produtivo o
PETRÓLEO, base para tudo.
O crescimento econômico das empresas
capitalistas se acentua com a quebra da URSS e com a conquista do domínio de
tecnologias antes pertencentes aos países.
Surgem grandes centros de produção
tecnológica nos países ricos, os tecnopólos, ligados à grandes universidades e
com investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Para poupar gastos
de produção e investir mais em P&D, várias empresas se instalam em países
pobres, com recursos materiais e humanos disponíveis, tornando-se multinacionais
e/ou transnacionais.
O Capitalismo de fluxos
Na década de 70 houve a implantação de
multinacionais em países subdesenvolvidos, ao passo que países desenvolvidos
passam a investir em tecnologia. As multinacionais retornam parte de seu lucro
aos países de origem para investir em tecnologia.
A exportação de produtos industrializados
possibilita uma melhoria na Balança Comercial dos países subdesenvolvidos.
Países industrializados criam junto a ONU
(através da OMC) as leis de Patentes, exigindo royalties pela produção
tecnológica. Além disso, para impedir a fuga de capital, passam a oferecer
subsídios: na produção industrial, na agricultura, nos impostos sobre terrenos
de instalação, no investimento em P&D.
Nas décadas de 80 e 90 muitas multinacionais
abrem seus capitais para aumentar o investimento especulativo em tecnologia;
Surgem muitas empresas financeiras e há um grande crescimento de empresas
exclusivamente tecnológicas (comunicação, informacional, tecnologia de ponta).
Estes países subdesenvolvidos passaram a
aumentar sua arrecadação partindo para a industrialização, desta forma há uma
nova configuração da DIT: Países em desenvolvimento ou de industrialização
tardia = emergentes.
A DST destes países também ganha novos
contornos: a economia passa a desenvolver-se em 5 setores: primário =
agropecuário e extrativista; secundário = industrial; terciário = serviços e
comércio; quaternário = produção de conhecimento (tecnologia, p&d);
quinário = de tecnologias já desenvolvidas. Isto ocorre primeiramente num grupo
específico de países, chamados de BRICS, que conquistam, nos anos 2000, a
quebra de patentes tecnológicas juntos à OMC.
A Bolsa de Valores de Nova York não suporta
controlar a economia das novas empresas tecnológicas. Surge a NASDAQ,
especializada em tecnologia, e a economia capitalista passa a ser dividida em
duas: A Velha Economia (indústrias de automóveis, tabaco, Cias de petróleo,
bens e consumo, etc.), e a Nova Economia (computadores, informática e
telecomunicações).
Na década de 2000 há um grande crescimento
do turismo, do setor terciário e das telecomunicações causa um “BUM” econômico
aos emergentes: passam a ter maior poder econômico e buscam ter maior poder
político no mundo. Exigem quebra de patentes, fim de subsídios em países
industrializados, participação nas decisões políticas no mundo (como vagas
definitivas no Conselho de Segurança da ONU).
Nos anos 2000 as empresas especializadas em
tecnologia se tornam tão primordiais que reconfiguram o K: hoje tem-se o
capitalismo da circulação: de valores, de mercadorias, de informações, de
produtos, de doenças, etc..... isso chama-se Globalização (econômica) e
Mundialização (cultural).
Graças a pressões internacionais os
EMERGENTES conquistam as quebras de patentes (direitos de comercialização) de
diversos produtos – medicamentos, produtos tecnológicos, etc).
Brasil, Índia e China, juntos, têm quase
metade da população mundial e grande extensão territorial. Passam a oferecer
subsídios também, o que aumenta o desenvolvimento industrial (tanto em
industrias de transformação como em industrias tecnológicas). Outro grande
desenvolvimento é o da Agroindústria. Passam a oferecer juros altos na
economia, atraindo capital especulativo estrangeiro, atraindo dólares e
acelerando o consumo interno com a facilitação de crédito.
Outro fator determinante do período é a
evolução dos meios de transporte, mais eficientes e baratos, possibilitando um
maior fluxo de pessoas pelo mundo.
Essa nova fase do capitalismo (globalização
econômica) se desenvolve em torno dos fluxos: de pessoas, de capitais e de
mercadorias (facilitados por acordos econômicos independentes e produção
industrial descentralizada, juntamente com o surgimento de blocos econômicos
sólidos, como a U.E., o Mercosul e a Nafta).
O constante crescimento econômico e o
comércio mundial exige que novas leis sejam criadas para garantir a livre
concorrência, como a proibição de cartéis e monopólios, em como a privatização
das estatais (com a desculpa de ampliar a qualidade e os investimento, o K
explora setores já implantados em vários países).
Embora os emergentes ganhem mais espaço na
política mundial, há ainda grandes transtornos a serem corrigidos: corrupção,
baixo IDH e desigualdade social.
Nos anos 2000 as empresas especializadas em
tecnologia se tornam tão primordiais que reconfiguram o K: hoje tem-se o
capitalismo de fluxos (circulação): de valores, de mercadorias, de informações,
de produtos, de doenças, etc..... isso chama-se Globalização (econômica) e
Mundialização (cultural).
Para garantir a expansão do sistema
capitalista (manutenção e consumo e arrecadação para investimentos
tecnológicos), muitas empresas passam a adotar a Obsolescência Programada. Este é o nome dado a decisão do produtor de, propositadamente,
desenvolver, fabricar e distribuir um produto para consumo de
forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar
o consumidor a comprar a nova geração do produto.
Dentro deste modelo de crescimento
capitalista surgem novos tipos de empresas:
Trustes: grandes corporações que produzem todas as
unidades de um setor produtivo, ou várias etapas da mesma produção. Ex:
Parmalat, Batavo, Coca-Cola, Pepsico, Sadia, Claro, Vivo, etc.
Holdings: Empresas que administram apenas
financeiramente outras empresas, sem produção direta. Ex: Mitsubish, Grupo
Silvio Santos, Globo, Newcomm (Roberto Justus), Valepar, etc.
Monopólios: quando uma única empresa controla sozinha
um setor produtivo. Embora seja ilegal a Petrobrás e a Vale do Rio Doce são
exemplos de Monopólios no Brasil.
Oligopólios: um pequeno grupo de empresas controla um
setor produtivo. Ex: Coca-Cola X Pepsico, P&G X Univelver,
Sadia/JBS/Perdigão, etc.
Cartéis: combinação de preços inibindo a
livre-concorrência. Ex: Ambev, Postos de Gasolina, etc.
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